domingo, 4 de dezembro de 2016

Cão de Água Português

Informações Gerais

Uma consideração importante antes de mergulhar para se tornar o tutor de um Cão de Água Português: Se você não quer um cão que prefere ficar molhado, este não é o cão para você. Advertências de lado, este “esfregão encaracolado” de boa índole poderia ser um “achado” para a sua família.
O Portie não precisa de trabalho remunerado; felizmente ele vai fazer qualquer coisa que você pedir. Os cães se dão muito bem em competições como obedience, agility, e outros esportes caninos, bem como nas atividades que incluam  pessoas, como passeios de barco, caminhadas e ajudando as crianças a correr atrás de uma bola de futebol. O problema não será encontrar coisas para o seu cão a fazer, mas sim encontrar tempo e energia para manter seu cão ocupado. Pense bem antes de ter um Cão de Água Português como membro da família.
E sobre alergias? O Portie, como muitos cães de pelagem como o Poodle , podem ser mais bem tolerados por pessoas com alergias, especialmente as mais sensíveis. Entenda, porém, que não existe realmente uma raça que não vai desencadear uma crise alérgica.

Expectativa de vida

Expectativa
Mínima
10 anos
Expectativa
Máxima
14 anos

Altura

Altura
Mínima
43
cm
Altura
Máxima
70
cm

Peso

Peso
Mínimo
16
kg
Peso
Máximo
25
kg

Características

Adaptabilidade
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Nível de afeição
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Bom para apartamento
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Tendência de latir
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Amigável com gatos
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Amigável com crianças
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Amigável com cães
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Necessidade de exercícios
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Espaço necessário
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Tosa
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Problemas de saúde
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Inteligência
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Gosto por brincadeiras
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Queda de pelo
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Necessidade social
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Amigável com estranhos
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Territorialista
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Facilidade de treinamento
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Cão de guarda
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Tolerância ao frio
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Tolerância ao calor
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Origem do Cão de Água Português

País: Portugal

Das raças mais antigas que se tem noticia e embora a sua origem seja uma questão obscura, existe a hipótese que ela tenha surgido como cão pastor na Ásia Central e que tenha sido trazida para a Península Ibérica pelos bárbaros.
Achados arqueológicos permitem afirmar a existência de cães de gado que teriam originado, por cruzamentos consanguíneos, um tipo semelhante ao Cão de Água. Sabemos seguramente que em toda a bacia mediterrânica, o cão de tipo mais ou menos idêntico ao atual era usado pelos pescadores e originou diferentes raças de Cães de Água hoje existentes.
A história de Portugal é rica em invasões e descobertas, e sendo um povo de navegadores, é aceitável que os levassem como auxiliares na suas deambulações marítimas e os tivessem difundido pelas várias regiões. Daí há quem defenda que o Cão de Água é o ascendente do cão da Terranova, Chesapeake Bay, Retriever do labrador, Poodle e até o Cão de Água Irlandês. Em 1588, 130 navios da Invencível Armada partiram de Lisboa, levando cães a bordo. Ao largo da Irlanda, não só devido a grandes tempestades como á derrota perante os ingleses, muitos navios afundaram e apenas metade dos barcos regressaram. Crê-se que muitos dos cães tenham sobrevivido e se misturado com raças locais, dando origem o Cão de Água Irlandês.
Com a evolução das técnicas de pesca, as suas aptidões deixaram de ser apreciadas e desnecessárias. No inicio do sec. XX, o cão de água começou a ter o seu posto de trabalho ameaçado, e o seu número diminuiu, acabando por prevalecer quase e apenas na Costa Algarvia. Pelos anos 30 os cães começaram a ser cada vez menos vistos a bordo dos barcos.
Era cães de pobres e como eles nasciam, viviam e morriam, sem história. Como reflexo, os tratadistas cinológicos ao descreverem as raças estrangeiras, ignoravam-na. Nunca tinham sido vistos nem apresentados em exposições caninas. Em 1934, na Exposição Internacional de Lisboa, dois cães desta raça foram expostos. Frederico Pinto Soares, fundador da Secção Canina do Clube Português de Caçadores (mais tarde Clube Português de Canicultura), natural de Sesimbra, tinha descoberto estes 2 cães na referida vila a bordo de um barco. Depois de muita relutância, os donos destes animais, concordaram que os mesmos fossem apresentados na referida exposição. E pela primeira vez, dois Cães de Água foram apresentados em ringue, com o corte de leão e inscritos como “barbedos”. A presença destes dois animais chamou atenção e despertou o interesse de Vasco Bensaúde, açoriano de origem hebraica, bastante abastado, com empresas na área da navegação e comercio. Ele próprio secretário geral do Clube de Caçadores, canicultor e criador de Clumber e Cocker Spaniel.
Com ele, nasceu a história moderna do Cão de Água Português, a sua seleção e o padrão oficial da raça de autoria dos médicos veterinários Drs. Frederico Pinto Soares e Manuel Fernandes Marques, em 1938.
Entretanto em 1954, outra pessoa entrou na história dos Cães de Água. Era o Dr. António Cabral, veterinário da Câmara Municipal de Lisboa, e mais tarde presidente do Clube Português de Canicultura. Não lhe agradava o monopólio da raça pela parte de Bensaúde. O Dr. Cabral cruzou o Silves com a fêmea de origem Algarbiorum, Farrusca, tendo ficado com uma cadela de nome Galé. Foram estes os dois cães fundadores da linha de Alvalade, tenho nascido a primeira ninhada em 1958, composta por um macho, Lagos, filho de SILVES e Galé. Até 1979, o Dr. António Cabral registou 17 ninhadas, num total de 76 cachorros.
A primeira ninhada de Cãe de Água Portuguese nasceu nos Estados Unidos em 1971, teve como progenitores a cadela Renascença do AL-Gharb (comprada em 1968) e Anzol do Al-Gharb (comprado em 1970). O American Kennel Club (AKC) qualificou os cães para na classe de “variados” – uma espécie de pre seleção para as raças que aguardam o reconhecimento pleno. Em 1983, o AKC reconheceu o Portie como uma raça distinta.
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Curiosidades sobre o Cão de Água Português

– O Cão de Água Português costumava ser o melhor amigo do pescador, ajudando a conduzir peixes para as redes, recuperar itens que caíram na água e nadar levando mensagens de barco para outro;
– Quando Obama e família deram as boa vindas ao seu Bo, o Cão de Água Português, na Casa Branca, eles colocaram os holofotes sobre esta raça rara canina que adora água;
– Quando San Francisco inaugurou seu novo estádio para os Giants, uma equipe de Porties, como é carinhosamente conhecido, foram trabalhar de gandulas aquáticos recuperando bolas que caiam na água. Os cães, conhecidos como Baseball Aquatic Retrieval Korps, ou Bark, rapidamente se tornaram uma atração por si só;
– É nítido o carinho dos pescadores pelos animais e interessante frisar a importância que era dada pelos mesmos ao trabalho do cão, considerando-o integrado na campanha, tendo como um companheiro camarada, direito a um quinhão de peixe para comer e mais a quarta parte em dinheiro, do que ganha qualquer outro membro da campanha;
– A este cão, se referira Raul Brandão, no seu livro “Os Pescadores” a respeito da faina nos caíques de Olhão : “Tripulavam-no vinte e cinco homens e dois cães, que ganhavam tanto como os homens. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo e ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão no mar e ia agarra-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo.”;
– Há também provas que indicam que na era pré cristã, era considerado um animal sagrado, e quem matava um Cão de Água, recebia severo castigo;
– Quando Leão, o cão português que fora usado como padrão da raça morreu, Bensaúde escreveu : “Não sei se alguma vez irei ter um cão magnifico como este, mas pelo menos poderei dizer que ele fez parte da minha vida e do meu canil”.

Cuidados e Bem Estar

O Portie precisa de 30 minutos a uma hora de exercício diário: longas caminhadas, jogos ou natação. Com bastante exercício, ele é um companheiro calmo dentro de casa. Se ele não se exercitar o suficiente, bem, você pode voltar para casa e encontrar seus pertences mastigados em pedaços .
Este é um cão que aprende rapidamente e gosta de dominar novas habilidades. Treinar seu Cão de Água Português para competir nas modalidades obedience, agility , controle, ou atividades na água é uma ótima maneira de estimular sua mente e dar-lhe a atividade que ele gosta. Ele também pode ser um cão de terapia maravilhoso. Além disso, você pode ensiná-lo truques para impressionar os vizinhos.
O Cão de Água Português tem dois tipos de pelagem: cacheados e ondulados. Ambos os tipos formam uma única camada, ou seja, não há nenhum subpelo. É por isso que o Portie não tem queda de pelos tanto quanto algumas raças e por isso ele é considerado muitas vezes hipoalergênico.
Escovar ou pentear seus Portie duas ou três vezes por semana para manter o revestimento livre de nós. Tosquiar ou cortar o pelo mensalmente para mantê-lo com boa aparência.
Além dos cuidados habituais, como boa alimentação, higiene e exercícios físicos regulares, é preciso verificar os ouvidos toda semana, pois as orelhas são dobradas pendentes, e qualquer cheiro ou sujeira em demasia pode ser sinal de uma otite.
Caso ele tome banho de água salgada, a pelagem deve ser molhada em água doce em seguida e a secagem precisa ocorrer o quanto antes. Como os pelos são compridos, a escovação deve ocorrer semanalmente e um ou dois banhos por mês são o suficiente.
Cortar as unhas uma ou duas vezes por mês. Se você pode ouvi-las batendo no chão, elas estão muito longas. As unhas curtas e bem aparada manter as patas saudáveis e protege você de ter a pernas arranhadas quando seu Cão de Água Português for todo  entusiasmo saltar para cumprimentá-lo.
Higiene bucal também é importante. Escovar os dentes do seu Portie pelo menos duas ou três vezes por semana para manter seu hálito fresco e evitar o acúmulo de tártaro e doença periodontal. A escovação diária é ainda melhor.
Sua alimentação deve ser balanceada e em porções diária de 2,5 a 3,5 xícaras de uma ração de alta qualidade. Essa quantidade vai depender de quanto seu cão de exercita e de sua estrutura também. Evite deixar ração na vasilha do seu cão exposta o dia inteiro, isso pode fazer com que seu cão fique obeso.
Predisposição à Doenças: Displasia Folicular e Hipoadrenocorticismo.

Aparência física

O Cão de Água Português é um cão robusto de constituição média, ligeiramente mais longo do que alto. Ele é forte e bem musculoso, capaz de ficar longos períodos dentro d´água, mas também gosta de brincar fora dela. Ele tem um revestimento único profuso, ondulado ou encaracolado. Sua cabeça é bem proporcional, forte e larga. O crânio visto de perfil, seu comprimento é ligeiramente mais longo que o do focinho. A sua curvatura é mais acentuada posteriormente e a crista occipital é pronunciada. Visto de frente, os parietais têm a forma abobadada, com leve depressão central; a fronte é ligeiramente escavada, o sulco frontal prolonga-se até dois terços dos parietais e as arcadas superciliares são proeminentes O stop é bem definido e situado um pouco atrás dos cantos internos dos olhos. Na face a trufa é larga, com narinas bem abertas e pigmentadas. De cor preta nos exemplares de pelagem preta, branca e suas combinações. Nos castanhos, a cor segue a tonalidade da pelagem. Focinho é reto, mais largo na base que na extremidade. Os olhos de tamanho médio; perceptíveis e com formato arredondada; bem afastados e levemente oblíquos. A coloração da íris é preta ou castanha e as pálpebras são finas e orladas de preto; marrons em cães marrons. Conjuntiva não aparente. As orelhas são acima da linha dos olhos, colocadas contra a cabeça, levemente levantadas para trás e cordiformes. Textura fina, com as suas extremidades nunca ultrapassando a garganta. O pescoço é reto, curto, arredondado, musculoso, bem inserido e portado alto; conectando-se ao tronco em harmoniosa transição. Sem colar, nem barbela. A linha superior do tronco é reta, nivelada. Sua calda inteira, de inserção mediana, grossa na raiz e afinando para a ponta. Inserção média. Quando o cão está atento, enrola-se em anel, não ultrapassando a linha média do lombo. A cauda é de grande utilidade quando nadando e mergulhando.  As patas arredondadas e planas, com dedos ligeiramente arqueados, de comprimento médio. A membrana digital, que acompanha o dedo em todo o seu comprimento, é constituída por tecidos flácidos e guarnecida por abundante e comprida pelagem. Almofada plantar central dura, já as demais, naturalmente espessas.

Pelagem do Cão de Água Português

Todo o corpo se encontra abundantemente revestido de pelos resistentes, sem
subpelo. Há duas variedades de pelos: um longo e ondulado e outro mais curto e encaracolado. O primeiro é ligeiramente lanoso e brilhante; o último é denso, sem brilho e forma cachos cilíndricos compactos. Com exceção das axilas e virilhas, os
pelos distribuem-se por igual em todo o corpo. O pelo das orelhas é mais longo na variedade de pelo longo e ondulado.

Cor da pelagem

A pelagem é preta ou marrom em suas várias tonalidades, ou branco sólido.

Filhotes

Os pequenos Cães de Água são muito ativos e bem inteligentes. Seu treino deve começar logo cedo e os cuidados com o pelo também para que quando tiver adulto tudo seja muito natural e não venham a ser adultos trabalhosos.

Preço

R$ 1500 a R$ 3000

Perguntas frequentes

O Cão de Água Português pode viver em apartamentos ou espaços pequenos?

É um cão que necessita de muito espaço para se exercitar e é grande também. Se adaptam melhor em casas com quintal fechado, sítios ou chácaras.

O Cão de Água Português é recomendado para crianças?

Seu temperamento é maravilhoso, mas por causa do tamanho dele, são recomendados para crianças  maiores. Nunca deixe um bebê sozinho com qualquer cão, não importa o quão confiável você acha que o cão pode ser.

O Cão de Água Português pode ficar sozinho em casa?

É uma raça muito companheira. Se deixado sozinho por longo períodos vai ser bem criativo e destrutivo. Sua mobília pode não estar em muito bom estado quando você retornar.

O Cão de Água Português late muito?

Tem tendencia a latir considerável.

O Cão de Água Português solta muito pelo?

Não tem queda de pelo intensa e com escovação frequente diminui ainda mais.

Fotos doCão de Água Português

          

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