domingo, 4 de dezembro de 2016

Fila Brasileiro

Informações Gerais

Impetuoso, corajoso e atento, o Fila Brasileiro é bom rastreador, serve atualmente de guardião para rebanhos e casas. É também excelente auxiliar para a caça de grande animais. Corretamente adestrado por um tutor competente, mostra-se obediente. Muito fiel, procura constantemente a companhia dos donos. Ele é desconfiado e mesmo agressivo com estranhos. O Fila Brasileiro precisa de espaço e de muito exercício.
O temperamento intenso do Fila não é para todos. Enquanto ele é carinhoso e dócil com sua família, até mesmo com as crianças, ele é instintivamente possessivo e territorialista e não será amável com estranhos. Ele é um protetor feroz de sua família e propriedade. Não espere que ele seja simpático com as pessoas que ele não conhece ou vê até mesmo com uma certa frequência, incluindo os amiguinhos do seu filho, que não estarão a salvo de uma Fila se ele decidir que de alguma forma são uma ameaça para “seu” filho.
O Fila é altamente ativo e precisa de muita atividade para mantê-lo ocupado. Ele não ficará satisfeito sem uma ocupação. Por causa de sua alta tendência à caça, ele deve ser impedido de perseguir e matar gatos ou cães de pequeno porte e, portanto, precisa de um muro alto ou cerca forte. Uma cerca elétrica subterrânea não é apropriado para esta raça. Ele é um cão de porte grande a gigante.
O Fila não é uma escolha apropriada para um tutor inexperiente. Apesar do padrão da raça Fila dizer que ele deve ser dócil e obediente com sua família, extremamente tolerante com as crianças, calmo e autoconfiante em novas situações, esse equilíbrio só é alcançado com adestramento constante e sério. Este cão é grande, poderoso, inteligente, ativo, e obstinado. Ele também tem excelente coragem, determinação e bravura. O Fila precisa de um líder que possa desenvolver e gerenciar todas essas boas características, orientando o cão com firmeza e coerência, mas sem o uso de força ou crueldade.

Expectativa de vida

Expectativa
Mínima
10 anos
Expectativa
Máxima
12 anos

Altura

Altura
Mínima
60
cm
Altura
Máxima
75
cm

Peso

Peso
Mínimo
40
kg
Peso
Máximo
50
kg

Características

Adaptabilidade
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Nível de afeição
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Bom para apartamento
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Tendência de latir
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Amigável com gatos
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Amigável com crianças
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Amigável com cães
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Necessidade de exercícios
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Espaço necessário
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Tosa
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Problemas de saúde
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Inteligência
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Gosto por brincadeiras
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Queda de pelo
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Necessidade social
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Amigável com estranhos
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Territorialista
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Facilidade de treinamento
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Cão de guarda
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Tolerância ao frio
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Tolerância ao calor
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Origem do Fila Brasileiro

País: Brasil

Essa raça brasileira foi a primeira a ser reconhecida pela FCI. Ele está presente na história do Brasil desde a colonização, pois protegia a comitiva dos bandeirantes dos ataques de nativos e das onças, e também ajudava na captura de escravos fugitivos. Dos Dogues, dos Mastifes e dos Cães de São Humberto introduzidos no século XVII no Brasil pelos conquistadores espanhóis e portugueses, nasceu ao que consta o atual Fila Brasileiro, que também recebeu sangue de Mastife e Bloodhound.
De fato sua origem é um quanto obscura. Existem quatro linhas teóricas sobre a origem desse cão. A primeira é do Dr. Paulo Santos Cruz – que diz que o Fila Brasileiro poderia ser resultado do cruzamento do Mastife, Bloodhound e Old Buldogue Inglês, onde do Mastife teria herdado a forma do crânio, a garupa e o dorso; do Bloodhound a pele solta, olhar triste e o faro aguçado; e do Buldogue o temperamento violento e a teimosia.
Segundo João Batista Gomes, ele afirma que o Fila Brasileiro seria originário do Fila Terceirense (da Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores) que foi importado para o Brasil maciçamente pelos portugueses e foi cruzado com o Mastim Inglês proveniente da chegada de D.João VI.
A terceira teoria é de Francisco Peltier de Queiroz, segundo este autor, o Fila Brasileiro se fez com a união de cães indígenas (Aracambé) + selvagens (Guará) + cães de rua + cães imigrantes (Mastim Inglês, Bloodhound, Buldog Inglês). Desta mistura surgiria o nosso Fila, fórmula inatingível e perdida no tempo e que sofreu a influência climática e alimentar.
E por fim, Procópio do Valle começa definindo o “cão de fila” como um cão grande, bravo, de espécie vulgar. É assim um cão de guarda e um cão mestiço, características do grupo dos Mastifes. Recebeu ainda a influência do extinto cão Engelsen Doggen, ou mais exatamente do Dogue de Fort Race, oriundo do Inglaterra e levado para Pernambuco em 1631 pelos holandeses, a fim de serem usados em incursões contra os bugres e soldados fugitivos.
O que realmente se sabe sobre essa raça é que ela trabalha na fazendas, fazendo a guarda, tocaiando onças, cercando bois, sendo fiel aos donos tanto na guarda das residências metropolitanas, como na companhia. É verdade que não houve nenhum tipo de trabalho ordenado até alguns anos antes de 1946. Mas tão brasileiro quanto o povo que lhe deu o nome, o cão Fila formou-se e adquiriu características que o definem como tal, distinguindo-se de qualquer outra raça. Assim o principal desafio na criação do Fila Brasileiro, foi e talvez ainda o seja, o de justamente obter a uniformidade do plantel, já que possui um passado de poucas gerações para fixar adequadamente o tipo.
Para combater as disparidades existentes, foi que em 1946, alguns criadores paulistas mostraram o cão de fila aos aficionados de cinofilia, com o intuito de conseguirem sua aceitação como raça pelo antigo Brasil Kennel Clube. Se reuniram para preparar a descrição do Padrão do Fila Brasileiro, a fim de dissipar as dúvidas frente a enorme diversidade de exemplares. Trinta anos depois, em 1976, um segundo padrão foi estabelecido e aprovado no 1º Simpósio da Raça Fila Brasileiro, realizado em Brasília, onde passou a existir um mínimo de altura e peso para machos e fêmeas.
Finalmente em 1983, cerca de 30 dos principais criadores de Fila Brasileiro, se reuniram em um importante congresso nacional no Rio de Janeiro, movidos pela constatação de que era necessário estipular metas que poderiam aprimorar a raça. Foi deste encontro enfim que em 1984 se redigiu a 3ª versão do padrão oficial que vigora até hoje. A raça ainda não é reconhecida pelo American Kennel Club ou o United Kennel Club.
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Curiosidades sobre o Fila Brasileiro

– O fila normalmente tem muitos filhotes, entre 10 a 12 numa unica ninhada;
– Jade, uma cadela Fila Brasileiro, teve uma ninhada de 25 filhotes, 17 machos e 8 fêmeas, infelizmente ela não sobreviveu ao parto;
– A raça Fila Brasileiro é proibida em alguns países, como a Inglaterra.

Cuidados e Bem Estar

O Fila tem um revestimento liso e curto. A queda de pelo é considerável, mas é fácil de resolver. Escove com uma escova de cerdas naturais ou luva uma vez por semana e use um condicionador para iluminar e dar brilho.
O cão,, bem como o local onde vive e dorme, devem estar sempre limpos – um conjunto de medidas profiláticas, higiênicas e sanitárias devem ser tomadas pelo proprietário para impedir que haja alguma disseminação de moléstias entre os animais. Verificar as instalações semanalmente, para combater parasitas (pulgas, carrapatos, aranhas) e outros hospedeiros.
Os banhos em excesso são desaconselháveis. Além de não eliminar o problema do mau cheiro, de que se queixam alguns proprietários, eles podem causar séria irritação na pele, principalmente quando se empregam sabão e shampoos inadequados. Devem ser dados com sabonete neutro após as vacinas. No verão uma vez por mês e no inverno a cada dois meses, ou quando realmente se fizer necessário. Enxague bem o animal, evitando a permanência de qualquer resquício de sabão. Posteriormente, enxague-o com uma toalha. Deve ainda ser escovado para a retirada do pelo solto. Outro banho que deve ser dado no cão é o banho de sol, que estimula o organismo a produzir a vitamina D, indispensável para a fixação e absorção do cálcio e consequentemente para a formação de ossos e dentes fortes.
Além desses cuidados, lembre sempre de verificar se há algum problema de pele com vermelhidão ou erupções cutâneas. Examine também as orelhas, boca, focinho, olho e patas. Esses exames frequentes ajudam a identificar logo cedo problemas potencialmente mais sérios.
Tenha também o cuidado de aparar as unhas quando necessário. Cuidado para não cortar muito curtas e causar sangramento e dor no seu cão. Se tiver dificuldade em fazer isso, peça ajuda ao veterinário ou tosador.
Predisposição à Doenças: Displasia coxofemoral e torção vólvulo gástrica.

Aparência física

O Fila Brasileiro tem a cabeça grande e maciça e focinho poderoso, ligeiramente mais curto que o crânio, trufa larga, olhos de tamanho médio a grande amendoados, grandes orelhas em "V" caídas, às vezes levantadas. O pescoço é forte e provido de barbela. O corpo é suficientemente comprido; o peito, largo e bem abaixado; a garupa é um tanto mais alta que a cernelha. Os membros são bastante compridos, mas fortes, a cauda passa do ponto do jarrete.

Pelagem do Fila Brasileiro

Composta por pelo curto, macio, espesso e bem assentado.

Cor da pelagem

Pode vir de todas as cores exceto o branco uniforme.

Filhotes

O treinamento precisa começar assim que você trouxer seu filhote de Fila Brasileiro para casa, enquanto ele ainda está em um tamanho administrável. Tente o programa “nada na vida é de graça”, mandando ele executar um comando antes de receber refeições, brinquedos, guloseimas, ou jogo. É sempre uma boa ideia socializar seu cachorro, seguido por treinamento de obediência, especialmente se você estiver trabalhando com um treinador que entende a mentalidade do Fila Brasileiro.
Assim como outros cães, filhotes de Fila Brasileiro são mastigadores inveterados e, devido ao seu tamanho, podem fazer um monte de estragos. Mantenha o seu Fila Brasileiro ocupado com o treinamento, jogos e experiências de socialização. Um Fila Brasileiro entediado é destrutivo, ele vai escavar, mastigar coisas que não deve e terá outros comportamentos indesejáveis.
Ajudar o filhote a se tornar um cão adulto saudável é atribuição do dono. Assim nada melhor do que dar as boas vindas em um ambiente tranquilo, pelo menos nos primeiros dias, para que ele vá se acostumando – é natural ele estranhar seu novo lar, então é importante ser compreensivo, carinhoso e atencioso com ele, neste período de transição a fim de facilitar sua adaptação.
Inicialmente, para que ele não estranhe a primeira noite sem a mãe e o resto da ninhada, você pode colocar uma bolsa de água morna, um cobertor ou pano que pode ter sido retirado do canil e ter o cheiro da mãe, para que ele se sinta mais protegido. Saiba que um filhote de até três meses de idade costuma dormir bastante (até 80% do tempo), desta maneira evite acordá-lo com muita freqüência.
O filhote tem que aprender a dormir sozinho. Se ele “choramingar”, não o reprima nem o leve para cama com você. Em pouco tempo ele vai se acostumar. Uma dica é usar relógios mecânicos que podem simular os batimentos cardíacos maternos – enrole-o num pano e coloque junto à coberta do filhote. E também não permita que crianças brinquem em demasia com ele e o tratem como se fosse um brinquedo. Isso pode estressá-lo.

Preço

R$ 1.200 a R$ 3.000

Perguntas frequentes

O Fila Brasileiro pode viver em apartamentos ou espaços pequenos?

Pelo seu tamanho e nível de necessidade de atividade, não são recomendados para apartamentos ou condomínios.

O Fila Brasileiro é recomendado para crianças?

Quano adestrado corretamente, ele é carinhoso e cuidadoso com as crianças da família. Por causa de seu tamanho, é mais recomendado para crianças acima de 7 anos e que saibam tratar bem um cão. A interação da criança com o cão deve ser sempre supervisionada por um adulto.

O Fila Brasileiro pode ficar sozinho em casa?

São cães muito apegados aos tutores. Deixá-los sozinhos por longos períodos pode resultar na destruição do seu jardim e até de seus móveis.

O Fila Brasileiro late muito?

Como cão de guarda, ele vai sempre avisar em alto e bom som que estranhos estão se aproximando. Você pode treiná-lo para obedecer seus comando de silêncio ou quieto.

O Fila Brasileiro solta muito pelo?

Sua queda de pelo é considerável, mas nada que escovações semanais não resolvam.

Fotos doFila Brasileiro

       

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