terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Macrops


Macrops
Callochromis macrops
-
Cichlidae
África - Lago Tanganyika (Sand Dwellers)
Corpo castanho; um pouco mais escuro na parte superior e mais claro na inferior. Apresenta uma espécie de faixa longitudinal não muito bem definida, de um tom que varia do alaranjado ao avermelhado. Têm a parte inferior da cabeça amarelo claro, quase branco. Todas as barbatanas são castanhas lisas, somente as pontas dos dois primeiros raios das barbatanas peitorais são brancos. Caudal bifurcada. 
Bastante agressivo para com os da mesma espécie. Não suporta ficar junto a machos da mesma espécie, vindo a brigarem ate a morte de um deles. Normalmente ignora peixes de outras espécies. Deve ser formado harém de no mínimo três fêmeas para cada macho.
Fundo do Aquário
8.5 a 9
11 a 17
16 a 19
24 a 27 ºC
13 cm
Onívoros, devem receber alimentos ricos em proteínas, alimentos de origem animal, vivos e/ou congelados. Aceitam muito bem alimentos industrializados como flocos e grãos.
Incubadores bucais, incubação dura aproximadamente 21 dias.
Difícil sexar; normalmente (mas não regra) os machos ficam um pouco maiores que as fêmeas. Quando jovens é praticamente impossível distinguir.

Bótia Yoyo


 
Bótia Yoyo
Botia almorhae
Yo-yo Loach, Bótia Paquistanesa, Botia grandis*, Botia lohachata**
Cobitidae
Paquistão e Índia
Gregário, criam complexas estruturas hierárquicas. Por isso, recomenda-se criar grupos com, no mínimo, cinco ou seis indivíduos, mas o ideal seria o estabelecimento de grupos com mais de 10 exemplares.
São peixes pacíficos e robustos, que podem incomodar peixes menores ou mais sensíveis à agitação. Costumam realizar disputas para definir a posição hierárquica do indivíduo no grupo. Nesses momentos, ocorrem perseguições e os exemplares apresentam uma mudança da coloração, que se torna quase cinza. Como todas as bótias, possui ferrões retráteis, abaixo dos olhos, que podem causar ferimentos em quem manuseá-las de forma inadequada ou acabar um gerando um óbito duplo caso um peixe maior resolva devorá-la.
Todo o Aquário
6.5 a 7.5
2 a 12
-
22 a 28 ºC
14 cm
Primordialmente carnívoro micro predador (vermes, larvas de inseto, pequenos crustáceos e caramujos). Aceita ração do tipo pastilhas para peixes de fundo e, eventualmente, vegetais (ervilha, cenoura, abobrinha cozidas e descascadas).
Até onde sabemos não há registro de criação em aquários particulares. As fêmeas desovam frequentemente, mas os machos não chegam a fertilizá-los. Contudo, sabe-se que a postura precisa de ajuda do uso de hormônios.
As fêmeas maduras apresentam o corpo roliço e com o ventre gordo. O macho, além de um corpo mais esguio, apresenta uma coloração avermelhada nas barbelas.
Nada por todo aquário, mas gosta de se esconder em troncos, covas e na vegetação. Como é um peixe que apresenta barbelas, recomenda-se o uso de areia como substrato. Convive muito bem com Lábeo Frenatus, tolerando inclusive dividir tocas com ele.
São peixes muito curiosos e, por isso, deve-se evitar "armadilhas" como enfeites com bordas cortantes, espaços apertados e rotas de fuga (aquários destampados e tubulação sem proteção).
Possuem um comportamento muito interessante chamado "ghosting", onde costumam "seguir" peixes de outras espécies, imitando seus movimentos e depois fazendo círculos em torno do seu alvo.
Algumas fontes tratam as "variedades" almorhae e lohachata como sinônimos, mas pode haver uma distinção maior, talvez até sendo espécies distintas.
Por possuírem escamas muito pequenas, são sensíveis aos tratamentos à base de cobre e ao sal de cozinha. Qualquer tratamento com cobre deve ser bem estudado e com sal evitado.

 Observações
:*Botia grandis é um sinônimo para o nome da espécie porém não é considerado válido pelo FishBase.**Botia lohachata é um sinônimo erroneamente utilizado para indicar a espécie e não é considerado válido pelo FishBase.

Tamanho mínimo do aquário:
 base de 100x40cm seria o mínimo recomendável para um grupo mínimo de cinco ou seis exemplares.

Betta


 
Betta
Betta splendens
Peixe de Briga
Anabantidae
Sudeste da Ásia (Vietnã, Camboja, Laos)
Machos possuem bélissimas nadadeiras, bem longas e de coloridos variados, são peixes lentos e quando sozinhos bastante calmos e tranquilos.
Mesmo sendo um peixe relativamente resistente e de ter a capacidade de respirar ar atmosférico, deve ser mantido em um aquário com um filtro externo.
Solitário(macho) e cardume(fêmeas).
Dois machos juntos lutarão até a morte; as fêmeas podem conviver com outros peixes pacificamente, machos também podem conviver com outros peixes que tenham temperamento calmo.
Todo o Aquário
6.8 a 7.2
-
-
25 a 28 ºC
8 cm
Carnívoro. Deve ser alimentado com rações em flocos, em grânulos de fácil digestão e alimentos vivos. Evite ao máximo oferecer rações em “bolinhas” de baixa qualidade, pois provocam constipação intestinal no peixe. Uma alimentação variada é sempre mais recomendada.
Ovíparo. Após juntá-los (a fêmea deverá ficar em um compartimento isolado, porém transparente) a macho começará a construir o ninho de bolhas e após o “abraço” os ovos serão colocados nas bolhas. Os alevinos podem ser alimentados com infusórios e náuplios de artêmia.
O macho é maior que a fêmea e possui nadadeiras grandes com relação ao corpo. Ao ficar na frente de um espelho, o macho fica “irritado” e eriçado.
Aquários de 20 litros são ideais, evite aquários altos.

Tricoti


Tricoti
Benthochromis tricoti
-
Cichlidae
África - Lago Tanganyika
Peixe de corpo longuilíneo, de uma cor cinza prateada; o corpo tem também riscas escuras longitudinais que o atravessam de ponta a ponta.
Os machos adultos (principalmente no período reprodutivo) apresentam um amarelo forte na parte inferior da cabeça e início do corpo alem de algumas fins listas longitudinais ao corpo, finas e de um azul brilhante.
As barbatanas são quase transparentes debruadas do mesmo azul brilhante, dando um efeito muito bonito. A cauda é bem bifurcada.
As fêmeas mantêm o mesmo padrão de corpo e barbatanas, só que são praticamente toda cinza prateado, apresentando algumas delas um leve tom colorido.
Um peixe calmo e tranqüilo, apesar do tamanho. Gosta de nadar calmamente de um lado pro outro em aquários (que pelo seu tamanho devem ser grandes). Não gosta de ficar junto de peixes agitados e/ou muito agressivos.
 
Meio do Aquário
8.5 a 9
11 a 17
16 a 19
24 a 27 ºC
25 cm
Onívoros, aceitam facilmente alimentos industrializados, mas dão preferência por alimentos vivos e/ou congelados. Gostam bastante de coração de boi ralado e pequenos pedaços de crustáceos.
Incubador bocal maternal. Um dos ciclídeos africanos mais difíceis de se reproduzir em cativeiro.
Como foi dito nas suas características, a diferenciação entre machos e fêmeas é bem distinta.

Austrolebias nigripinnis


 
 
 
Austrolebias nigripinnis
Austrolebias nigripinnis
Dwarf Argentine Pearlfish / Blackfin Pearlfish / Black Pearlfish
Rivulidae
Baixo Paraná e bacias do Rio Uruguai. Nordeste da Argentina e oeste do Uruguai
Esta espécie é encontrada em águas temporárias, tais como prados alagados, lagoas rasas e valas na beira da estrada.
Esse peixe é de água fria sendo que em muitos locais onde o mesmo é encontrado a superfície da água congela durante um inverno mais rigoroso.
Em aquário deve ser mantido numa temperatura entre 18 a 20ºC, mas ele tolera temperaturas entre 4º a 24ºC, desde que essa variação ocorra de forma natural e gradativa.
As barbatanas são azuis ou pretas com brilho verde metálico nas bordas. O corpo tem a coloração partindo do cinza-azulado para o preto-azulado com cerca de 9 à 11 linhas de pontos azul-turquesa brilhantes.
Em algumas populações a nadadeira dorsal contém 5 ou 6 linhas concêntricas de pontos azul-turquesa.
A borda das barbatanas dorsal e anal possuem uma faixa mais escura e algumas populações têm uma borda azul-turquesa dentro da faixa escura de sua nadadeira dorsal.
O abdômen atrás dos opérculos tem uma tonalidade de cor mais suave.
Existem pontos (pearl) brilhantes em todas as barbatanas e no corpo, por isso essa espécie é conhecida como "Black Pearlfish".
São peixes calmos, porém territorialistas com outros machos.
Fundo do Aquário
6.0 a 7.0
-
-
4 a 24 ºC
7 cm
É uma espécie carnívora e na natureza se alimentam de insetos, vermes e outros invertebrados encontrados no seu habitat natural.
Em aquários podem ser alimentados artêmias, nauplios de artêmia, larvas do mosquito, dáfnias, e outros pequenos crustáceos, podendo eventualmente aceitar rações em bolinhas que tenham no máximo 1mm.
Estes peixes passam a maior parte de seu tempo no fundo procurando por comida. E alimentos vivos como "black worms" ou tubifex irá esse comportamento.
Utilizando alimentos vivos o peixe apresentará toda a sua beleza e cores, estimulando assim a reprodução.
Uma observação: não alimente com grandes quantidades de comida de uma só vez. Pois os machos mais belos e dominantes tendem a comer demais e terem um problema na bexiga natatória (belly slider), mais conhecido como rampante e cujo tratamento é difícil levando a morte do peixe.
Em seu habitat natural, um dos machos assume uma determinada área e irá defender a mesma contra a presença de outros machos.
A fêmea começa a se movimentar sinalizando que está pronta para reproduzir, inclinando-se para baixo. O casal desova no fundo da lagoa ou vala. Os ovos entram em um estado de repouso. Quando a água evapora, os adultos morrem, mas os ovos sobrevivem e eclodem no período chuvoso seguinte, poucas horas depois de se molhar.
No aquário temos que simular esse efeito e é muito fácil, veja abaixo.
Mantenha a temperatura acima de 14ºC porém abaixo de 20ºC
Para facilitar a coleta dos ovos utilize um recipiente de boca larga com aproximadamente 7 ou 8 cm de altura.
Dentro deste recipiente adicione uma camada de cerca de 4 cm de altura de fibra de coco em pó previamente tratado (fervido).
Também adicione algumas plantas no aquário para que os machos menores e as fêmeas possam se esconder.
A desova ocorre durante o "abraço" do ritual de acasalamento e os ovos são depositados na fibra de coco.
Retire a turfa com os ovos, elimine todo o excesso de água, deixando apenas úmido, coloque em um saco plástico e espere de 2 a 4 meses antes de colocar os ovos de volta na água. Se não eclodirem, retire novamente o excesso de água e tente novamente dentro de 1 a 2 semanas.
O templo estimado para eclosão dos ovos varia de acordo com a temperatura:
  • 17 a 20ºC - 20 semanas
  • 20ºC - 12 semanas
  • 24 a 25ºC - de 8 a 12 semanas
Os ovos possuem cerca de 1.3 mm.
Como é comum na maioria dos killifishes, o macho é muito mais colorido do que a fêmea, sendo que essa geralmente tem a cor acinzentada.
Os machos também são maiores que as fêmeas.
As populações conhecidas desta espécie são:  
  • MSL 91 / 2
  • "Albino"
  • "Arroyo del Indio"
  • "Benavidez"
  • "Buenos Aires" (Argentina)
  • "Carmelo"
  • "Ceibas" 02/11 MSL (Entre Rios, Argentina)
  • "Ceibas" MSL 91 / 3 (Entre Ríos, Argentina)
  • "Cerro Cufre"
  • "Colonia"
  • "CX Molina"
  • "El Sombrero"
  • "Escobar" (Buenos Aires, Argentina)
  • "A Shell Estacion, Ceibas" MSL 91 / 2
  • "Franquia"
  • "Gameta"
  • "Ibicuisito" AF 01/02
  • "Ibicuy" AZK 97/14 (Entre Rios, Argentina)
  • "Maschwitz" (Buenos Aires, Argentina)
  • "Maschwitz" MF 01/02 (Buenos Aires, Argentina)
  • "Maschwitz" PC 00/11 (Buenos Aires, Argentina)
  • "Molina"
  • "Nançay" (R14, Arroyo Nançay, Entre Rios, Argentina)
  • "Nueva Palmira" (F1 disponíveis 2004-2005 Heber Salvia)
  • "Paraná de las Palmas" DRF 6 / 2000
  • "Punta Lara" KCA 01/02 (Buenos Aires, Argentina)
  • "Punta Lara" KCA 02/02 [Sinônimos: KCA 02/02] (Terra typica)
  • "R9 Km57"
  • "R9 Km62"
  • "Km68 R9"
  • "Rota 6" 93/16 SK
  • "Rota 12"
  • "Sagastome"
  • "San Savier"
  • "Villa Soriano"