terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Hymenocera picta


 
 
 
Camarão Orquídea
Hymenocera picta
Camarão Arlequim
Hymenoceridae
Oceano Pacífico
São muito tranquilos em relação aos demais habitantes do aquário. Devem idealmente ser mantidos em casais, caso contrário podem apresentar problemas de adaptação. Mais de um casal pode ser mantido em aquários acima de 500 litros. Outros camarões podem viver tranquilamente com a espécie, mas o Arlequim poderá matar outra espécie que tente sobrepujá-lo, principalmente espécies de Camarão-Palhaço (Stenopus sp.). Mas, normalmente, é uma excelente aquisição para qualquer sistema de peixes e invertebrados pacíficos e gregários.
8.1 a 8.4
-
8.0 a 12.0
22 a 26 ºC
5 cm
Sem dúvida, é o maior obstáculo em relação à manutenção desses fantásticos animais. Possuem uma dieta muito específica, basicamente estrelas do mar, principalmente os seus "pés" (tubos de locomoção/pés ambulacrários). As espécies que podem ser oferecidas normalmente são do gênero Linkia (fase juvenil) e Asterina (fase adulta). A Asterina, inclusive, é relativamente comum em nossos sistemas e, em muitos casos, são consideradas pragas.
Podemos oferecer outras espécies de estrela do mar. O camarão pode levar algum tempo para acostumar, mas normalmente ele acaba aceitando. Uma dica interessante é cortar a estrela em vários pedaços e congelar. Desta forma, podemos garantir uma alimentação a longo prazo de nossos camarões.
Se for oferecida a estrela inteira, o camarão irá feri-la gravemente, e esta entrará em um processo de decomposição rapidamente. O problema é que não poderemos reutilizar o restante da estrela, que morrerá em pouco tempo. Congelando os pedaços frescos da estrela, poderemos otimizar o alimento, que deve permanecer no aquário por no máximo três dias, sob risco de comprometer a qualidade da água.
Difícil, exatamente porque ainda não se sabe com certeza como fazer prosperar as larvas. Basicamente, os animais reproduzem com relativa facilidade no aquário, mas as larvas são consumidas pelos peixes e muitos corais. Se a intenção for a reprodução, esses animais devem ser mantidos em um aquário especifico com, pelo menos, 50 litros. Mantermos o nitrato em índices baixos é fator muito importante.
Colocamos o casal no aquário de reprodução. Quando o casal se sentir seguro para a desova, o macho irá levantar gentilmente a cauda da fêmea e haverá uma espécie de encaixe, como se fosse o mesmo camarão. Nesse momento, o macho irá depositar sacos de esperma próximo ao duto genital da fêmea, fertilizando os ovos, e em aproximadamente 24 a 36 horas, ocorre a eclosão.
Depois da desova, o macho estará alerta protegendo a fêmea, que terá uma “fumaça” de filhotes à sua volta. O macho poderá matar outros camarões se a desova ocorrer em um aquário comunitário, por isso a importância em separar o casal em um aquário especifico. Em cerca de 20 dias, a fêmea estará pronta novamente para acasalar.
A alimentação dos filhotes, como já colocado, é difícil. Podemos macerar partes de estrelas do gênero Linkia e misturar com um complexo industrializado à base de plankton líquido, de qualquer marca. Nesta fase, as larvas devem ter um cuidado muito especial, e devemos alimentá-las com intervalos de três horas.
O macho é consideravelmente menor do que a fêmea
Existe um debate sobre a existência de outra espécie do gênero, classificada como H. elegans, mas uma outra vertente de pesquisadores afirma se tratar da mesma espécie com diferentes padrões de população. De qualquer forma, os mesmos cuidados da espécie H. picta se aplicam a H. elegans.
MOFIB
Experiência adquirida

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