segunda-feira, 6 de março de 2017

Alaskan Malamute

Alaskan Malamute
origem:Estados Unidos da América
data de origem:1935
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Cães Nórdicos de Trenó
altura:58 para 64 cm
peso:34 para 38 kg
Com origem na região meteorologicamente mais árdua, no norte do continente americano, o Alaskan Malamute adoptou o nome da tribo de esquimós que o tinha como fiel companheiro, os Malhemut. O Alaskan Malamute era utilizado para transporte de mercadorias entre as várias localidades. Atado a um trenó transportava os bens deste povo nómada para que conseguissem sobreviver num ambiente tão hostil como o Alasca.

Muito forte e incansável, esta raça não é caracterizada pela sua velocidade mas antes pela sua resistência e perseverança. Foram estas características que o incluíram no conjunto de cães que fizeram parte das primeiras expedições aos Pólos. Hoje em dia são também utilizados para busca e salvamento, corridas de trenó, entre outros desportos de tracção.

Como cão de companhia, o Alaskan Malamute tem tido cada vez mais sucesso. Asseado e afectuoso, as últimas décadas têm-lhe trazido uma crescente popularidade.

Aparência Geral editar ]

O Alaskan Malamute é um cão de grande porte, de corpo musculoso e de aspecto um pouco selvagem fazendo lembrar um lobo. A sua cabeça é grande, com um nariz grande e proeminente. Os olhos são pequenos e amendoados e de cor castanha. As orelhas são pequenas, triangulares e rectas, sendo recobertas por uma pelagem macia. O pescoço é robusto e largo, o dorso é comprido e musculado. Os membros posteriores são bastante fortes e vigorosos e os pés são grandes e compactos com almofadas macias e espessas, apropriados para correr na neve.

A cauda tem bastante pêlo e é mantida dobrada sobre o dorso. A pelagem não tem um comprimento uniforme, sendo mais comprida à volta das espáduas e do pescoço.  O pêlo é bastante denso, constituído por duas camadas, a exterior mais comprida e a interior curta mas muito densa e oleosa. Deste modo fica eficazmente protegido do frio e das intempéries. As cores admitidas vão do cinza-claro ao preto, passando por todas as tonalidades intermédias. O único padrão unicolor admitido é o branco. Num padrão com várias cores, o branco deve ser na mesma predominante na barriga, os pés, a parte interior das pernas e no focinho.

Temperamento editar ]

Apesar do seu aspecto de lobo, o Alaskan Malamute é muito afectuoso com a sua família. Dentro da sua “matilha humana” não escolhe preferidos e está sempre pronto para brincar com qualquer membro.

É cão inteligente e bastante independente. Esta característica faz com que seja mais difícil de treinar. É necessário por isso alguma paciência com os comandos.

Amigável, recebe bem os estranhos e devido à sua fraca apetência para ladrar não é um bom cão de alerta. Geralmente aceitam bem outros animais se forem criados desde pequenos com eles, mas podem ser imprevisíveis na presença de outros cães.

O Alaskan Malamute não é o cão ideal para apartamentos e sentem-se mais felizes com acesso a uma área exterior com dimensões consideráveis. São relativamente activos dentro de casa mas necessitam de caminhadas diárias longas e pelo menos uma hora de exercício mais intenso por dia. Uma boa opção para gastar as energias são caminhadas em montes ou os novos desportos caninos adequados para cães de trenó em que o cão puxa o dono que o segue em bicicleta, patins, a correr, etc.

Saúde editar ]

Entre os principais problemas de saúde do Alaskan Malamute estão a displasia da anca, cataratas, problemas oculares e torção do estômago.

A pelagem densa protege o Alaskan Malamute do frio intenso e actua também como protectora dos raios solares. Contudo, esta raça não deve ser demasiadamente exercitada no tempo quente, pois está mais adaptada a temperaturas baixas do que altas. Ter disponível sombra e água limpa é obrigatório em todas as alturas do ano.

Higiene editar ]

A pelagem média do Alaskan Malamute necessita de manutenção diária. As escovagens são rápidas, entre 5 a 10 minutos se as fizer todos os dias. O Alaskan Malamute larga muito pêlo.

Sendo um cão com um odor imperceptível, o Alaskan Malamute deve tomar banho o menos frequentemente possível. A camada oleosa que lhe protege a pele é danificada com banhos excessivos. 

Alano Espanhol

Alano Espanhol
origem:Península Ibérica
data de origem:Século XIV
esperança de vida:12 anos
classificação:Aguarda reconhecimento internacional
altura:55 para 63 cm
peso:35 para 40 kg
O Alano Espanhol é originário da Península Ibérica. As referência mais antigas a este cão datam do século XIV. Descendente dos antigos molossos trazidos pelos povos Bárbaros, o Alano teve várias funções ao longo do tempo. Foi utilizado na captura de gado montanhês, nos espectáculos taurinos, nos matadouros, na caça ao javali, guarda, defesa e inclusivamente na guerra, no tempo dos descobrimentos. Com o passar dos anos e das épocas as suas funções mudaram e passaram a assentar em três: Guarda/defesa, caça grossa, captura de gado Montanhês.

Devido à alteração dos hábitos das sociedades a raça foi desaparecendo, tendo ficado reduzida a apenas alguns exemplares numa região montanhosa do norte de Espanha denominada “Encartaciones”.
Perante esta situação de quase extinção um grupo de entusiastas da raça na década de noventa iniciou um processo de recuperação e não de reconstrução da mesma, ou seja, não foi utilizado sangue de outra raça.

Através da ANCAE (Associação Nacional de Criadores do Alano Espanhol) iniciou-se o processo de reconhecimento da raça. Todos os requerimentos do RSCE (Real Sociedade Canina Espanhola) foram atingidos, fazendo com que a raça fosse reconhecida pelo Ministério do Interior Espanhol em Maio de 2003 e pela RSCE em Março de 2004.

Descrição editar ]

O Alano Espanhol é um cão de presa, bem proporcionado e rústico. Muito funcional, de estrutura corredora com grande agilidade e resistência, de movimentos elásticos que lembram os de um felino. A cabeça apresenta um aspecto quadrado, composta por um crânio largo e forte, stop muito marcado e focinho curto, largo e profundo.

O Alano Espanhol é um cão de desenvolvimento psicológico muito lento, não atingindo a maturidade antes dos 4 anos.

Cão de trabalho incansável e muito atlético,  capaz de suportar com grande sofrimento os pesados castigos físicos impostos pelos javalis. Alguns exemplares conseguem saltar muros e vedações com 2 metros.

Temperamento editar ]

O Alano Espanhol é um cão com um bom carácter, grande coragem e nobreza. Terminado o trabalho, converte-se no perfeito cão de família, amigo das crianças, meigo, afável e sempre pronto para brincar, aguentando as diabruras dos mais pequenos.

Cão com um grande sentido gregário, nunca entra em conflito com outros animais já existentes no seio da família, ou seja, pode conviver sem problemas com outros machos ou fêmeas.

Akita Americano

Akita Americano
origem:Japão
classificação:Spitzs asiáticos
altura:60 para 70 cm
peso:34 para 45 kg
É uma raça originária da região de Akita inicialmente utilizada para actividades de caça grossa (tipo ursos), tendo sido realmente apurada para este fim por um japonês isolado na província que lhe deu o nome. Tal como Shar-Pei, o Akita também foi utilizado em combates durante muito tempo, razão pela qual esteve em perigo de extinção. Hoje, o Akita é um simpático cão de companhia, estando longe do passado cruel a que foi sujeito.

Temperamento editar ]

Dócil, prudente, afetuoso e corajoso. Excelente para crianças por ser muito paciente. Late pouco, nunca late desnecessariamente, e é muito seguro de si. É possessivo com seu território, o que faz desta raça uma excelente guardiã, tanto de propriedades quanto pessoal. Na guarda, o seu comportamento não é ostensivo, mas costuma manter-se num local que ofereça boa visibilidade, deslocando-se apenas se achar necessário.
É muito apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só", sofre muito quando abandonado e às vezes não se consegue adaptar aos novos donos. Entretanto, uma vez conquistado será um excelente guardião e companheiro por toda a vida.

Descrição editar ]

O Akita é um cão belo e imponente,  robusto e nobre, devendo ser bem proporcionado. A cabeça é larga e grande, com um focinho potente e afilado, com cana nasal recta e curta. Dentes fortes, com mordedura em tesoura, nunca prognatas. Os olhos são escuros e ligeiramente triangulares. As orelhas são pequenas e triangulares, mantendo-se sempre espetadas e ligeiramente inclinadas para a frente. O pescoço é forte e largo. Os membros são sólidos, sendo os anteriores verticais e os posteriores mais musculosos. A cauda é grossa e forte, com o seu comprimento a chegar até ao jarrete, mas deve ser mantida enrolada sobre o dorso.

Tipo de Pêlo editar ]

A pelagem é dupla, sendo o pêlo de cima duro e reto e o subpêlo macio e denso, o que lhe dá a aparência de um animal de peluche. Como possui subpêlo, há uma intensa queda (troca de pêlo) em algumas épocas do ano, devendo ser muito bem escovado para manter seu belo aspecto e eliminar os pêlos mortos. As cores podem ser vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco.

Akita

Akita
origem:Japãodata de origem:Século XVIesperança de vida:10 anosclassificação:Spitzs asiáticosaltura:58 para 70 cmpeso:33 para 50 kg

O Akita Japonês, igualmente conhecido por Akita Inu ou Shishi Inu, é considerada a maior raça japonesa de cães. Pertence à família dos spitz, composta por mais seis variedades: Shiba Inu, Hokkaido Inu, Kai Inu, Tosa Inu, Shikoku Inu, Kishu Inu.

Pensa-se que o Akita Japonês seja herdeiro de mais de 300 anos de história, ao longos dos quais desenvolveu diferentes papéis na companhia do homem. Foi inicialmente utilizado para a caça de javalis, ursos e veados na região de Akita, sendo também capaz de trabalhar na neve profunda.

Todavia, o passado deste cão carece de factos históricos precisos, uma vez que pouco se sabe como se desenvolveu ao longo dos tempos. Pensa-se que foram efectuados vários cruzamentos com outras raças de cães, o que lhe foi conferindo características físicas variáveis.

Provavelmente, o intuito seria o de obter um exemplar mais capaz na luta de cães. O Tosa Fighting Dog, o Mastim, Pastor Alemão e o São Bernardo, são algumas das raças sugeridas pelos autores. No entanto, apesar de mais robusto, o Akita não revelou ser o talentoso lutador que se esperaria.

Para além do “desporto” (e da já mencionada ajuda na caça), o Akita Japonês foi igualmente cão de companhia de muitas famílias aristocráticas japonesas.

A I Guerra Mundial veio revelar-se um período particularmente difícil para esta estirpe, cujo insaciável apetite pouco pode ser satisfeito nesta altura de escassez. Muitos morreram à fome e o perigo de extinção chegou a ameaçar esta estirpe.

No entanto, em 1931 foram encontrados alguns Akita que, por não estarem ligados à luta de cães, poderiam constituir-se como exemplares raros para uma futura selecção. No ano seguinte, esta raça começa a ser matéria dos jornais nacionais, por causa de um episódio ocorrido com um Akita que esperou pelo seu dono até à morte, sem saber que este já havia falecido longe de casa.

Esta popularidade, acrescida da vontade de alguns criadores, criou a conjuntura ideal para que a nível institucional fossem tomadas algumas medidas que contribuíram para assegurar a sobrevivência da linhagem e retirá-la do estado preocupante em que se encontrava. Exemplo disso, foi a sua designação como “Monumento Nacional do Japão” e toda a publicidade (em selos e não só) que tal acto cerimonial envolveu. A fundação, em 1927, da “Sociedade Protectora do Akita Inu”, foi igualmente importante, bem como todos os esforços posteriores a nível de selecção e apuramento da estirpe.

O Akita chega aos EUA em 1937, tendo sido remetido a Helen Keller, e chamava-se, curiosamente, “Kamikaze-go”. A década de 40, revela-se um dos períodos mais cruéis para esta raça, uma vez que, com o início da II Guerra Mundial, muitos destes cães foram abatidos e a sua pele e carne aproveitadas. Só em tempo de paz é que a raça foi restabelecida, sendo desenvolvida simultaneamente no Japão e nos EUA.

A introdução da estirpe nos EUA, deu-se com maior seriedade nos anos 40 e 50, e originou o aparecimento de uma nova “linha”, característica por uma “cabeça de urso” maior (a japonesa assemelha-se à de uma raposa) e por uma estrutura óssea mais robusta (precisamente oposta á original porque mais leve).

Em 1956, foi fundado o Akita Club of America mas, só em 1972, é que a raça começa a ser registada no Livro de origens do Kennel Club.

Actualmente, estes cães são mantidos sobretudo como animais de estimação, mas continuam a ser utilizados pela polícia, na terapia e como cães de guarda.

Temperamento editar ]

O Akita é portador de instintos de caça bastante apurados e é fisicamente bastante robusto. Adicione-se-lhe um temperamento independente e dominante, para não ser provavelmente a melhor opção para um dono pouco experiente.

Na sua relação com os donos, é gentil e dócil, demonstrando ser um amigo leal, sempre pronto a proteger o seu dono e a propriedade.

Não é um animal muito sociável, no sentido em que não aprecia particularmente a companhia de crianças (mas tolera as da família) e pode ter atitudes agressivas face a animais de estimação que lhe sejam estranhos.

O ideal é que seja habituado desde pequeno a conviver com pessoas que lhe sejam estranhas e sujeito a uma educação firme e consistente, por forma a que se garanta o seu controlo em situações de maior espontaneidade.

Necessita igualmente de muita atenção por parte do dono, que o deve despertar para as mais variadas actividades, já que é muito energético. Como cães de guarda são extremamente corajosos, atentos e algo silenciosos.

Descrição editar ]

O Akita é um cão de porte grande, cuja altura na cernelha varia, nos machos, entre os 66-71cm, e nas fêmeas, entre os 61-66cm. O seu peso oscila entre os 33,7 e 48,6Kg.

A sua pelagem é áspera, lisa e dura e o subpêlo é bastante denso e macio. São permitidas quaisquer cores malhadas e maltrado (branco com manchas pretas irregulares). A região facial por vezes apresenta uma máscara de cor igualmente variável.

O crânio é grande e achatado, a testa larga e o chanfro é bem definido. O focinho é de comprimento moderado e afunila ligeiramente. Os olhos amendoados são típicos dos spitz. São um pouco pequenos, inseridos um pouco obliquamente e afastados entre si. As orelhas apresentam-se erectas e são grossas, triangulares e com pontas arredondadas.

O pescoço é musculado, sem papadas, terminando num peito profundo e amplo. As costelas são moderadamente arqueadas e o dorso é firme e robusto. Os quartos traseiros são bem desenvolvidos. As patas são fortes e redondas e a cauda de inserção alta é grande e é mantida enrolada sobre o dorso.

Observações editar ]

Esta raça tem uma esperança média de vida de aproximadamente 12 anos de idade. Existem alguns registos de ocorrência de doenças graves nesta estirpe, de que são exemplo a displasia da anca, problemas do foro neurológico e entropia.

O seu pêlo deve ser escovado mensalmente e com mais frequência na mudança de estações.

Este é um cão que necessita de praticar bastante exercício físico já que o seu porte de atleta torna-se irrequieto se fechado em casa o dia todo. O ideal é que o levem a passear e a correr (em zonas seguras, sem cães à solta) até duas horas por dia.

Estes animais têm um apetite avultado, mas não desproporcional ao seu tamanho e constituição física. Uma alimentação equilibrada é crucial para que cresçam saudáveis.

Podem viver dentro de casa desde que pratiquem alguma actividade física diariamente. 

Airedale Terrier

Airedale Terrier
origem:Reino Unidodata de origem:Século XIXesperança de vida:11 anosclassificação:Terriersaltura:56 para 61 cmpeso:20 para 23 kg

O Airedale Terrier pertence a uma família numerosa, composta por mais de vinte variedades de Terriers, quase todas utilizadas na caça e algumas, na luta de cães e/ou touros.

O Airedale é o maior membro desta classe. Originário da Grã-Bretanha, pouco se sabe acerca do seu aparecimento. Pensa-se que surgiu no Vale do Aire, em Yorkshire, sendo originalmente conhecido por Waterside Terrier ou por Bingley Terrier.

A sua ascendência permanece misteriosa, apesar de serem apontadas algumas raças que possivelmente estiveram na base do seu aparecimento: o já extinto Old English Black-and-Tan Terrier; o “Broken-coated Working Terrier” e o “Rough-coated Black-and-Tan Terrier”. Pensa-se que este último esteve envolvido, em 1853, no cruzamento efectuado com um Otterhound, do qual herdou a agilidade para nadar.

O Airedale Terrier foi particularmente cobiçado para a caça aos ratos, texugos e lontras, tendo-se ainda revelado um talentoso retriever de patos. Capaz de nadar, farejar e perseguir a caça, este cão tornou-se particularmente popular pela sua agilidade e rapidez de aprendizagem.

O seu desenvolvimento é normalmente situado no séc. XIX, altura na qual participou em algumas exposições regionais de canídeos, organizadas por agricultores. A primeira que ainda há memória, decorreu em 1864, e foi organizada ela Airedale Agricultural Society. Em 1886, o nome “Airedale Terrier” é aceite pelo Kennel Club da Inglaterra, mas só em 1979 é que a raça é oficialmente reconhecida. No finais do séc. XIX, iniciam-se as exportações destes exemplares para os mais variados continentes.

O anúncio do novo século, trazia consigo uma fase mais feliz para o seu desenvolvimento, apesar da instabilidade causada pela guerras mundiais que afectou a criação e selecção de estirpes, em geral.

Em 1910, a raça foi introduzida nos EUA onde obteve considerável prestígio por parte do público e, até aos finais dos anos 50, a sua popularidade ascende continuamente, ao ponto de se tornar um dos mais preferidos Terriers da sua classe.

Durante a I e II Guerras Mundiais, o Airedale revela-se muito útil aos exércitos britânico e russo, tendo actuado como mensageiro. Foi ainda extremamente cobiçado pela polícia para a patrulha das estações de caminhos-de-ferro e actuou como colector de dinheiro para a Cruz Vermelha, bem como em operações de salvamento. Todavia, a sua experiência não termina por aqui, já que foi igualmente utilizado em África, na Índia, e no Canadá, para a caça grossa e, presentemente, como cão guia de cegos.

A sua popularidade atingiu o auge após a II Guerra Mundial, tendo sido adquirido por diversas personalidades famosas (tais como Theodore  Roosevelt). No entanto, num passado mais próximo, o seu lugar de destaque no mundo da Cinofilia foi aparentemente ocupado pelos encantadores Collie e Pastor Alemão. Ainda assim, esta é, sem dúvida, uma das mais famosas raças de Terriers do mundo, prestígio justamente atribuído se pensarmos nas tarefas polivalentes que tem vindo a assumir nas mais variadas áreas, sempre com o seu sentido de responsabilidade e lealdade.

Temperamento editar ]

O Airedale Terrier é um cão com uma personalidade forte e multifacetada. O primeiro aspecto a ter em conta, passa pela sua educação e socialização enquanto novo, já que, se for submetido a estas, provavelmente conseguirá obter uma companhia realmente completa e amiga.

Este cão é algo teimoso e deveras inteligente, e pode “boicotar” os treinos mais sérios mas, normalmente são fáceis de treinar. O ideal é que o seu dono possua alguma experiência com este tipo de personalidade e que saiba ser “dominante”, uma vez que de nada vale adoptar uma postura repressiva no treino.

É aconselhável que seja bem inserido no seio familiar e que durante o seu crescimento seja continuamente socializado e educado de forma consistente. Na verdade, muitos Airedale são considerados grandes participantes nas provas de agility  e obediência.

Na sua relação com os donos, são leais, dóceis e devotos, mas podem desobedecer se não forem educados. São bons amigos das crianças e possuem uma forma de estar extrovertida e alegre, pelo que aceitam com relativa facilidade a companhia de pessoas fora do seu círculo familiar. Podem igualmente aceitar outros animais de estimação, se forem desde cedo habituados a viver com estes.

Como cães de guarda são corajosos e protectores do seu território e família. No entanto, não são considerados animais naturalmente agressivos; ao invés, são animais seguros e determinados. 

Descrição editar ]

Este é um cão de porte grande, cujo tamanho varia nos machos entre os 58 e 61 cm e nas fêmeas entre os 56 e 59cm. O seu peso oscila entre os 20 e 23Kg.

A sua pelagem é de comprimento moderado e possui uma textura rija, densa e de arame. As cores permitidas são o preto e o fogo, distribuídas da seguinte forma: um manto (ou selim) preto cobre o topo do pescoço até à cauda, sendo que as restantes partes do corpo possuem várias tonalidades fogo (mais escuro nas orelhas). São permitidos alguns fios brancos no ante peito.

O crânio é comprido e achatado, ligeiramente largo entre as orelhas e com um chanfro pouco saliente. Os olhos são pequenos, redondos e escuros e as orelhas são em forma de “V” e trazidas semi-caídas. O topo das orelhas estende-se sobre a linha crânio. O focinho é proporcional em relação à cabeça, desprovido de maçãs do rosto cheias e caracterizado por barba áspera.

O Airedale Terrier possui um porte atlético e musculado. O seu pescoço é moderadamente longo, firme e sem papadas, e o peito é amplo e profundo. O dorso é curto, recto e nivelado e os membros são robustos e dotados com uma boa estrutura óssea. Os pés são pequenos, redondos e a cauda de inserção alta é trazida empinada e pode ser ou não amputada.

Observações editar ]

Estes cães possuem uma esperança média de vida que pode alcançar os 15 anos de idade. No entanto, há que estar atento ao seu crescimento, bem como proporcionar-lhe o devido acompanhamento médico, uma vez que já foram registados na espécie as seguintes doenças: displasia da anca, hipotiroidismo e dermatites. As orelhas, os olhos e os dentes, devem ser ocasionalmente alvo de limpeza por parte do seu dono.

A manutenção sua pelagem é algo exigente, já que carece de ser escovada diariamente e tosquiada por um profissional, duas vezes por ano (na altura da muda de pêlo). A barba deve ser lavada diariamente para se manter limpa.

Estes cães adaptam-se bem à vida em apartamento, desde que lhe seja proporcionada a dose certa de exercício físico (entre 1 a 2 horas). O ideal é que tenham acesso a um quintal onde possam estar livremente, o que não exclui, obviamente, a prática diária de exercício físico. 

Aidi

origem:Marrocos
data de origem:Idade Média
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Molossóides - Tipo Montanha
altura:53 para 61 cm
peso:23 para 25 kg
Aidi
Este cão acompanha desde sempre os rebanhos nas altas planícies do Atlas marroquino. Suporta temperaturas bastante rigorosas. Tem como vocação defender a tenda e os bens do seu dono e proteger o rebanho dos predadores. Vivo e corajoso, faz frente a chacais e desaloja serpentes das pedras.

Affenpinscher

Affenpinscher
origem:Alemanha
data de origem:Século XV
esperança de vida:14 a 16 anos
classificação:Tipo Pinscher e Schnauzer
altura:25 para 30 cm
peso:4 para 6 kg
O Affenpinscher surge na Europa Central, sobretudo na Alemanha, no século XVII como uma forma de controlar ratos e outras pestes, à semelhança dos cães de tipo Terrier na época. Esta raça é conhecida como “cão macaco” devido à semelhança do focinho com os primatas. “Affen” significa inclusivamente “macaco” em alemão.

Existem evidências de um cão semelhante ao Affenpinscher que datam desde o século XV. Originalmente o Affen era maior e tinha outras colorações. Com o passar do tempo o Affenpinscher passou cão de caça a ratos do exterior para cão de interior, para eliminar os ratos dentro de casa.

Acredita-se que o Schnauzer e o Affenpinscher foram cruzados durante muito tempo e que por isso tenham um tronco comum. Mais tarde, com a miniaturização do Affen, as raças deixaram de ser misturadas.

Mas não foi apenas com o Schnauzer que o Affenpinscher foi cruzado. Outros cruzamentos com outras raças, especula-se sobre cães russos e outros terriers alemães possam estar presentes na linhagem do Affen. Acredita-se que o cruzamento entre o Affenpinscher e o Pug tenha originado o Griffon Bruxelois.

Aparência editar ]

O Affenpinscher é um cão pequeno, mas compacto. Os cães variam entre os 25 e os 30 cm e pesam aproximadamente entre 4 a 6 kgs.

Tem uma cabeça redonda com uma testa pronunciada e um stop bastante definido. O nariz tem narinas bastante abertas o que contribui para expressão de macaco. Os olhos são escuros e redondos e as orelhas são em forma de V e trazidas erguidas.

O corpo é forte, quadrado e compacto com a cauda natural trazida em forma de sabre. As pernas são compactas com ombros bem musculados.

A pelagem é densa e áspera. O pêlo das sobrancelhas é mais pronunciado e a barba é mais longa do que o resto da pelagem. É o pêlo que mais contribui para a  expressão do Affenpinscher por isso deve ser bastante duro e algo erecto na cabeça.

Só é permitida a cor preta.

Temperamento editar ]

Apesar da aparência de Terrier, o Affenpinscher não tem a personalidade de um Terrier. Pertencente ao grupo dos pinscher e schnauzers, o Affen é um cão mais sociável do que os Terriers. Mesmo assim gosta de provocar os cães de maior porte e deve por isso ser controlado quando no exterior.

O Affenpinscher é um cão activo, leal, curioso, aventureiro e brincalhão. É um pouco teimoso e gosta de ser mimado. Mas é preciso algum cuidado, pois se não educar o animal, acabará com um cão demasiado territorial em relação ao espaço onde vive e aos brinquedos que possui.

Não são cães indicados para famílias com crianças pequenas. Devido à territorialidade e o facto de serem algo reactivos faz com que não permitam os abusos aos quais frequentemente as crianças sujeitam os cães.

São cães indicados para apartamentos. São animais que têm de viver dentro de casa, onde são bastante activos. Necessitam de pouco exercício mas não deve deixar de passeá-los uma vez por dia.

Saúde editar ]

O Affenpinscher tem uma esperança média de vida à volta dos 12 anos. É significativamente mais baixa do que outras raças do mesmo tamanho, mas está na média de um cão de raça.

Manutenção e Higiene editar ]

O Affenpinscher necessita de cuidados regulares com o pêlo. Devem ser escovados regularmente. São cães geralmente apontados como hipoalergénicos, ou seja, com uma menor probabilidade de causar alergias, uma vez que largam pouco pêlo. 

Corydora Julii


Corydora Julii
Corydoras julii
Cory Julii, Coridora Leopardo, Coridora
Callichthyidae
América do Sul, Baixo Rio Amazonas e rios costeiros do Nordeste do Brasil.
São peixes muito pacíficos, gregários e sociáveis.
Em cardumes.
Fundo do Aquário
6.2 a 7.8
1 a 10
2 a 12
22 a 26 ºC
5 cm
Omnívoro. Em aquário, aceita bem comida congelada ou viva, granulados ou flocos mas todos elas devem ser ministrados no fundo do aquário. Alimente também com rações especialmente desenvolvidas para peixes de fundo, que afundam diretamente.
Ovíparo. Relativamente difícil de ser reproduzida, deve ser feito em casal ou trio (1 fêmea e 2 machos). A postura é feita sobre uma superfície lisa e plana como pedras, folhas ou vidro do aquário e só ocorre depois de haver um pequenino choque térmico na água, que deve ser conseguido realizando-se uma TPA de uns 20% com água a uns 2 ou 3 graus mais fria. Os ovos eclodirão dentro de, mais ou menos, 72 horas. Após a eclosão, os alevins irão consumir o saco-vitelino, depois deverão ser alimentados com artêmia recém-eclodida ou comida líquida própria para alevins. Os pais costumam comer os ovos e os alevinos após todo o ritual de acasalamento, por isso é recomendável retirá-los.
A fêmea costuma ser maior, mais robusta e com o ventre levemente mais volumoso.
Tamanho mínimo do aquário: Para um pequeno grupo de 5 indivíduos, a partir de 60 litros, com no mínimo 50 cm de comprimento e 30 de largura.
Muito indicado para aquários comunitários devido a sua beleza e sociabilidade, ótimo para aquaristas iniciantes, por ser um peixe muito resistente e tolerante aos erros mais primários. Quando se sentem seguros ficam o dia inteiro "fuçando" o fundo do aquário com seus sensíveis e delicados barbilhões atrás de micro e endofauna (vermes, micro-crustáceos, restos de ração) e exatamente por isso o substrato não deve conter pedras afiadas e deve ser, preferencialmente, constituído de areia de granulação média ou fina. Eventualmente sobe até a superfície para capturar um pouco de ar e regular os gases internos de sua bexiga natatória ou para complementar sua respiração.
Apesar de poucos saberem, esse peixe possui a curiosa habilidade de respirar ar atmosférico em situações extremas, tal qual o peixe Betta, por exemplo. Ele engole uma quantidade de ar que, ao passar pelos intestinos altamente vascularizados, é assimilado e absorvido pela corrente sanguínea. Por isso ele consegue sobreviver por determinado período em águas muito pobres em oxigênio.
É uma espécie muito semelhante Corydoras trilineatus, muitas vezes ambas são vendidas como seus nomes trocados. É mais comum encontrarmos Corydoras trilineatus à venda do que Corydoras julii. A maneira mais fácil e segura de diferenciá-las é observar duas características principais: a faixa que atravessa seu corpo, que na espécie julii começa na pedúnculo caudal e termina na metade do corpo enquanto é bem fina e um tanto irregular, enquanto na trilineatus ela praticamente chega na cabeça do animal e é mais grossa e bem definida.
Assim como todas as outras Corydoras existentes, a Corydoras julii não tolera sal na água (ela morre por desidratação), por isso é muito importante evitar a todo custo seu acréscimo na água onde vivem essas espécies.

Corydora Anã


 
 
Corydora Anã
Corydoras hastatus
-
Callichthyidae
Bacias dos Rios Amazonas e RioParaguai
São peixes pacíficos, muito ativos e animados ficando a maior parte do tempo no meio do aquário. Melhor quando mantidos em cardumes de pelo menos 6 unidades. Não possui hábitos noturnos como as outras corydoras.
 
Gosta de viver em grupos (no mínimo 5 indivíduos) , bastante pacíficos e tranquilos.
Fundo do Aquário
6.0 a 7.2
-
-
23 a 27 ºC
2 cm
Omnívoro. Em aquário, aceita bem comida congelada ou viva, granulados ou flocos.
A desova geralmente segue a típica posição "T", mas tem sido relatadas situações de desova no meio da água. Uma pequena quantidade de ovos de cerca de 1 milímetro são depositados individualmente.
 
As fêmeas são mais roliças quando vistas de cima.
 
Apesar da típica barbatana perfurante, certifique-se de que nenhum outro peixe pode colocar um na sua boca! Como é um peixe pequeno pode tornar-se uma refeição de um peixe maior, por isso o melhor é manter com pequenos tetras como neons.

Baiacu Amazônico


 
 
Baiacu Amazônico
Colomesus asellus
Amazon Puffer Fish
Tetraodontidae
Bacia Amazônica (Rio Amazonas e Afluentes, do Peru à Ilha de Marajó)
Espécie famosa pela sua capacidade de se inflar e pelas lendas acerca de sua carne supostamente venenosa. Possuem os olhos nas laterais da cabeça e não possuem escamas, mas sim uma espécie de “couro” que ao toque lembra borracha. Sua coloração é predominantemente verde brilhante, com listras negras irregulares e o ventre branco. Curiosamente, o Baiacu Amazônico é um dos poucos peixes capazes de piscar ou mesmo fechar completamente os olhos.
São peixes bastante ativos, nadam incessantemente durante o dia inteiro. Não demonstram agressividade uns com os outros e embora não nadem em cardume, se tornam mais calmos em maior número. A espécie não tem tolerância para peixes muito maiores e não se sente confortável na presença dos mesmos, nadando contra o vidro na direção oposta. Esse comportamento é comum na espécie e geralmente está associado a algum tipo de stress, como peixes maiores, condições ruins da água, etc. Baiacus não gostam de água parada e preferem correntes razoáveis, nadando contra elas com grande empenho. Passam boa parte do dia brincando na corrente da saída do filtro.
Todo o Aquário
6.5 a 7.0
-
-
25 a 28 ºC
5 cm
Carnívoro. Espécie de difícil adaptação à ração (Preferência por granulada). Aceita bem caramujos e camarão fresco (descongelado), além de minhocas, tenébrios e qualquer coisa que se mexa sobre a água. São bem curiosos e costumam morder tudo que parece interessante, inclusive outros peixes.
Não há relatos sobre reprodução em cativeiro.
Desconhecido.
Tamanho mínimo do aquário: 100 Litros
É um peixe de difícil adaptação em qualquer aquário. Geralmente leva algumas semanas para que demonstrem um comportamento mais tranquilo e esse tempo reduz em aquários densamente plantados e com muitos obstáculos como troncos e rochas. É indicado também o cultivo de plantas flutuantes, pois são sensíveis a luz. É recomendado tampar qualquer fresta no aquário, pois eles saltam para fora d'água frequentemente.
Importante: Os dentes dos Baiacus nunca param de crescer e isso pode se tornar fatal caso eles não os "gastem" comendo caramujos, que são sua principal fonte de nutrição na natureza. Muitos Baiacus vem a falecer pois seus dentes se tornam tão grandes que o impedem de comer. Existem técnicas para "cortar" os dentes deles, aumentando em muito sua expectativa de vida.
Como os outros membros da família Tetradontidae, os Baiacus são capazes de inflar seus corpos com ar e/ou água, dobrando seu tamanho e protegendo-se de eventuais ameaças ou em último caso, asfixiando seu predador.
Cuidados especias: Colomesus asellus é conhecido por possuir uma toxina, a saxitoxina. A maioria dos Baiacus possuem toxinas (Tetrodotoxina) e a quantidade/potência varia de espécie para espécie. Sua carne é bastante apreciada na alta culinária e no japão são servidos até mesmo em forma de Sashimi. A toxina na verdade é produzida por bactérias que vivem na vesícula do peixe e a retirada da mesma deve ser feita com extremo cuidado. Há relatos de que no Japão, os Fugu Choorisi ("Sushimans" especializados em Baiacu) utilizam pequenas quantidades dessa toxina na carne, causando um leve entorpecimento em quem a come.
Observação sobre tamanho máximo: Na maioria dos sites sobre o assunto, é dito que chegam a 15cm ou até mais. Em oito meses de dedicação a espécie, absorvendo tudo que podia sobre eles, não vi absolutamente nenhuma foto ou vídeo de nenhum Colomesus asellus com mais de 7cm. Observando o crescimento dos meus (estão com 5cm) nesse período de oito meses eu duvido muito que passem disso.
Notas pessoais:
Peixe de nado alegre e aparência infantil. Seu corpo e sua forma de nadar o fazem parecer um pequeno torpedo e os olhos ao lado da cabeça dão um ar de "bobão". Crio a espécie a cerca de 8 meses e são de longe meus peixes preferidos. Tive sucesso em cria-los com Neons, Paulistinhas, Corydoras, Limpa Vidros, Acarás Bandeira e Ampulárias amarelas, que são o único tipo de caramujo que eles não devoram.
Vídeos:
 
 

Este vídeo não é meu, mas mostra o processo de "corte" dos dentes do Baiacu, no caso com um Spotted Back, mas o processo é o mesmo com o Amazônico: