Channa Anã
Channa gachua
Channa Anã, Cabeça-de-Serpente Anã, Dwarf Snakehead
Channidae
Subcontinente Indiano, Península Indochinesa, Afeganistão, Irã, Arquipélago Malaio e China
Predadores, mas pacíficos. Podem conviver com outras espécies pacíficas, desde que sejam grandes o suficiente para não serem confundidos com comida. Quando juvenis, vivem em grupo. Contudo, após a maturidade sexual, convém mantê-los em casais ou solitários (dão ótimos pet fish).
Solitário / casal / grupo
Todo o Aquário
5.0 a 8.0
-
-
18 a 28 ºC
20 cm
Carnívoro. Em aquário, aceita bem comida viva (minhocas, bloodworms, larvas de besouro de amendoim, tenébrios, camarões e pequenos peixes) ou congelada. É possível acostumá-las a aceitar rações para carnívoros.
Como dito no dimorfismo sexual (abaixo), a melhor forma de formar casais é adquirindo um pequeno grupo de indivíduos e deixar que eles se formem naturalmente. Uma vez que um casal se forme é preciso retirar os solteiros, pois os casais se tornam extremamente agressivos.
A literatura sobre a reprodução dessa espécie sugere a emulação, através de trocas parciais de água - TPA, de um regime de estiagem seguido por um período de chuvas, para estimular a postura.
Channa gachua são incubadores bucais, no caso o macho eclode as ovas na boca, que continuará por um período, variável, servindo como esconderijo para os alevinos. O casal cuida dos filhotes recém-nascidos, as fêmeas costumam fazer posturas de ovos inférteis para servir de alimento para os alevinos.
O cuidado com os filhotes perdurará além do consumo do saco vitelino, mas é preciso ficar atento pois tão logo os pais passem a canibalizar os filhotes haverá pouco tempo para separá-los (são predadores extremamente eficientes). Aconselha-se separar os filhotes assim que possam alimentar-se sozinhos (é importante ter um bom estoque de alimentos vivos de tamanho compatível com seu tamanho, como pequenos vermes e larvas de inseto, por exemplo).
Os machos podem apresentar nadadeiras dorsal e anal mais desenvolvidas e coloridas que as fêmeas. Além disso, as fêmeas costumam crescer mais rápido e são mais robustas que os machos.
a) Um tanque com base de 100x40cm (a altura da coluna d'água não é tão relevante para essa espécie, sendo que uma coluna baixa facilita o acesso ao ar atmosférico) é suficiente para a manutenção de um casal ou indivíduo solitário. Para a manutenção de grupos (adultos), recomendam-se tanques muito maiores, pois a agressividade entre adultos maduros costuma ser fatal.
b) O que conhecemos, hoje, como Channa gachua seria não uma espécie, mas sim uma variedade de espécies muito similares que estão distribuídas por um amplo espaço geográfico (como visto acima, esses peixes podem ser encontrados por quase todo o continente asiático). Por conta disso há tanta variação quanto aos dados relacionados ao nome Channa gachua. Assim, seria extremamente importante saber a origem do animal adquirido, pois é possível que seja um animal coletado em um clima subtropical ou em águas com características físico-químicas bem específicas.
c) Como todas as Channa, as gachua possuem a capacidade de respirar ar atmosférico (possuem câmaras supra branquiais localizadas atrás e acima das guelras).
d) Sua capacidade de respirar fora d'água lhes permite viver em águas pobres em oxigênio (ambiente hipóxico), o que lhes garante perseverar em ambientes bem hostis como poças temporárias e canais de irrigação. Contudo, isso não significa que dispensem um aquário bem cuidado. A única ressalva refere-se á correnteza da água. Pois, assim como os Betta splendens, não gostam de águas muito agitadas.
e) O nome popular das Channa, snakehead ou Cabeça-de-Serpente, deve-se ao fato de que o formato e tamanho das escamas de suas cabeças dão-lhes um aspecto reptílico.
f) O aquário das gachua deve ser muito bem tampado. Elas são famosas pelas fugas improváveis. Não é possível relaxar nem na hora da adaptação do peixe recém-adquirido.
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