Cabeça-de-Serpente Arco-Íris
Channa bleheri
Rainbow Snakehead
Channidae
Endêmica da bacia hidrográfica do Rio Brahmaputra, na província de Assam, Índia
Uma das menores e mais belas espécies do gênero Channa, a bleheri tem uma ótima visão, o que lhe permite caçar presas fora d’água (é preciso ter cuidado, pois ela pode saltar para capturar um inseto voando próximo à superfície do aquário) e associar sua alimentação a presença do dono.
Predador. Não é territorialista com outras espécies e não as importuna, contato que sejam grandes o suficiente para não serem confundidas com uma refeição. Assim, se tiver companheiros de tanque bem escolhidos, pode ser considerada uma boa opção para aquários comunitários. Ao contrário de outras espécies da família Channidae, pode ser mantida em grupos quando adultas, mas disputas poderão ocorrer, principalmente no período de acasalamento.
Todo o Aquário
6.0 a 8.0
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16 a 28 ºC
15 cm
Carnívoro. Dieta baseada em vermes, insetos, crustáceos, moluscos e pequenos peixes. Aceita bem comida congelada. Apesar de difícil, pode aceitar ração para carnívoros.
Primeiro é necessário formar um casal. Contudo, manter um par sexado não é garantia de sucesso. Recomenda-se a aquisição de um grupo de juvenis para que haja a formação natural de um casal. A reprodução em cativeiro foi obtida através da emulação da variação climática da região de origem da espécie (manutenção de temperaturas baixas, para simular o inverno, seguido de um aumento gradual da temperatura, para simular a primavera). A reprodução é muito similar a dos Betta splendens, com abraço nupcial e construção de ninho de bolhas (a presença de vegetação flutuante será muito bem vinda). Mas ao contrário dos famosos anabantídeos, o casal cuida junto dos filhotes. A fêmea alimentará os alevinos com ovos não fertilizados até que estejam aptos a caçarem sozinhos. Nessa fase, é importante separar os filhotes para evitar canibalismo.
Os machos são maiores (e crescem mais rápido) e tem cores mais intensas que as fêmeas.
Tamanho mínimo do aquário: Um tanque com base de 100x40cm (a altura da coluna d'água não é tão relevante para essa espécie, sendo que uma coluna baixa facilita o acesso ao ar atmosférico) é suficiente para a manutenção de um casal ou indivíduo solitário. Para a manutenção de grupos (adultos), recomendam-se tanques maiores.
A Channa bleheri não possui nadadeiras pélvicas. Isso ajuda a distingui-la da Channa gachua.
Devido às características climáticas de sua região de origem (clima subtropical), essa espécie é muito suscetível a infecções bacterinas caso sejam mantidas em aquários sem variação sazonal de temperatura.
Como todas as Channa, as bleheri possuem a capacidade de respirar ar atmosférico (possuem câmaras supra branquiais localizadas atrás e acima das guelras).
Sua capacidade de respirar fora d'água, lhes permite viver em águas pobres em oxigênio (ambiente hipóxico), o que lhes garante perseverar em ambientes bem hostis como poças temporárias e canais de irrigação. Contudo, isso não significa que dispensem um aquário bem cuidado. A única ressalva refere-se à correnteza da água. Pois, assim como os Betta splendens, não gostam de águas muito agitadas.
O nome popular das Channa, snakehead ou Cabeça-de-Serpente, deve-se ao fato de que o formato e tamanho das escamas de suas cabeças dão-lhes um aspecto reptílico.
O aquário das bleheri deve ser muito bem tampado. Elas são famosas pelas fugas improváveis. Não é possível relaxar nem na hora da adaptação do peixe recém-adquirido.
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