Baiacu Amazônico
Colomesus asellus
Amazon Puffer Fish
Tetraodontidae
Bacia Amazônica (Rio Amazonas e Afluentes, do Peru à Ilha de Marajó)
Espécie famosa pela sua capacidade de se inflar e pelas lendas acerca de sua carne supostamente venenosa. Possuem os olhos nas laterais da cabeça e não possuem escamas, mas sim uma espécie de “couro” que ao toque lembra borracha. Sua coloração é predominantemente verde brilhante, com listras negras irregulares e o ventre branco. Curiosamente, o Baiacu Amazônico é um dos poucos peixes capazes de piscar ou mesmo fechar completamente os olhos.
São peixes bastante ativos, nadam incessantemente durante o dia inteiro. Não demonstram agressividade uns com os outros e embora não nadem em cardume, se tornam mais calmos em maior número. A espécie não tem tolerância para peixes muito maiores e não se sente confortável na presença dos mesmos, nadando contra o vidro na direção oposta. Esse comportamento é comum na espécie e geralmente está associado a algum tipo de stress, como peixes maiores, condições ruins da água, etc. Baiacus não gostam de água parada e preferem correntes razoáveis, nadando contra elas com grande empenho. Passam boa parte do dia brincando na corrente da saída do filtro.
Todo o Aquário
6.5 a 7.0
-
-
25 a 28 ºC
5 cm
Carnívoro. Espécie de difícil adaptação à ração (Preferência por granulada). Aceita bem caramujos e camarão fresco (descongelado), além de minhocas, tenébrios e qualquer coisa que se mexa sobre a água. São bem curiosos e costumam morder tudo que parece interessante, inclusive outros peixes.
Não há relatos sobre reprodução em cativeiro.
Desconhecido.
Tamanho mínimo do aquário: 100 Litros
É um peixe de difícil adaptação em qualquer aquário. Geralmente leva algumas semanas para que demonstrem um comportamento mais tranquilo e esse tempo reduz em aquários densamente plantados e com muitos obstáculos como troncos e rochas. É indicado também o cultivo de plantas flutuantes, pois são sensíveis a luz. É recomendado tampar qualquer fresta no aquário, pois eles saltam para fora d'água frequentemente.
Importante: Os dentes dos Baiacus nunca param de crescer e isso pode se tornar fatal caso eles não os "gastem" comendo caramujos, que são sua principal fonte de nutrição na natureza. Muitos Baiacus vem a falecer pois seus dentes se tornam tão grandes que o impedem de comer. Existem técnicas para "cortar" os dentes deles, aumentando em muito sua expectativa de vida.
Como os outros membros da família Tetradontidae, os Baiacus são capazes de inflar seus corpos com ar e/ou água, dobrando seu tamanho e protegendo-se de eventuais ameaças ou em último caso, asfixiando seu predador.
Cuidados especias: O Colomesus asellus é conhecido por possuir uma toxina, a saxitoxina. A maioria dos Baiacus possuem toxinas (Tetrodotoxina) e a quantidade/potência varia de espécie para espécie. Sua carne é bastante apreciada na alta culinária e no japão são servidos até mesmo em forma de Sashimi. A toxina na verdade é produzida por bactérias que vivem na vesícula do peixe e a retirada da mesma deve ser feita com extremo cuidado. Há relatos de que no Japão, os Fugu Choorisi ("Sushimans" especializados em Baiacu) utilizam pequenas quantidades dessa toxina na carne, causando um leve entorpecimento em quem a come.
Observação sobre tamanho máximo: Na maioria dos sites sobre o assunto, é dito que chegam a 15cm ou até mais. Em oito meses de dedicação a espécie, absorvendo tudo que podia sobre eles, não vi absolutamente nenhuma foto ou vídeo de nenhum Colomesus asellus com mais de 7cm. Observando o crescimento dos meus (estão com 5cm) nesse período de oito meses eu duvido muito que passem disso.
Notas pessoais:
Peixe de nado alegre e aparência infantil. Seu corpo e sua forma de nadar o fazem parecer um pequeno torpedo e os olhos ao lado da cabeça dão um ar de "bobão". Crio a espécie a cerca de 8 meses e são de longe meus peixes preferidos. Tive sucesso em cria-los com Neons, Paulistinhas, Corydoras, Limpa Vidros, Acarás Bandeira e Ampulárias amarelas, que são o único tipo de caramujo que eles não devoram.
Vídeos:
Este vídeo não é meu, mas mostra o processo de "corte" dos dentes do Baiacu, no caso com um Spotted Back, mas o processo é o mesmo com o Amazônico:
Nenhum comentário:
Postar um comentário