Origem
Acredita-se que essa raça, ao invés de ter sido “criada” pelo homem por meio do cruzamento de diferentes cães, tenha evoluído com o passar do tempo conforme as necessidades que os colonizadores de seu país de origem, Brasil, apresentavam.
Mesmo assim, muitos pensam que ele é fruto de uma combinação de três raças: buldogues, mastins e bloodhounds. Os primeiros filas de que se têm registro datam do ano de 1671, uma raça muito antiga, se comparada às outras. No entanto, parece indispensável conhecer a época exata em que surgiram.
Acontece que os primeiros habitantes do Brasil precisavam de um cão polivalente que fosse capaz de executar as tarefas de pastor, de guardião da caça. E que fosse muito fiel a seus donos.
Por causa do uso de mão-de-obra escrava nas plantações de cana-de-açúcar, o fila brasileiro ficava encarregado de vigiar os escravos. Isso porque havia por volta de duzentos escravos por plantação e era fácil algum escravo fugir sem que ninguém percebesse. Mesmo após a abolição da escravatura, os filas continuaram sendo usados em outras tarefas.
É preciso ressaltar que, por volta de 1954, alguns espécimes foram exportados para a Alemanha e foi assim que a raça conseguiu se estender por todo o mundo.
Características do fila brasileiro
O fila brasileiro pertence ao grupo dos cães molossos, e a cor do seu pelo sempre será uniforme, sem manchas, de um só tom. No entanto, é possível apresentarem manchas brancas nos pés, tórax e na ponta do rabo; e, às vezes, podem apresentar um rosto de coloração negra. As cores possíveis são várias com destaque para as cores listrada, malhada, preta ou fogo. Sua pelagem é curta e macia.
Além disso, sua pele, embora seja grossa, é solta, parecida com a pele que têm os Shar-pei. Eles apresentam dobras como os Shar-pei e, na altura do pescoço, um papo pronunciado. As dobras podem aparecer no tórax e no abdômen e, embora não as tenham na cabeça, se ficarem em posição de alerta elas podem surgir também nessa região.As medidas do macho oscilam entre os 65 e os 75 cm, enquanto que as fêmeas medem por volta de 5 cm a menos. Ele pode chegar a pesar 50 kg ou 40 kg, no caso das fêmeas, e, apesar disso, são rápidos e flexíveis, capazes de escalar uma parede de um 1,70 cm de altura. Suas orelhas são alongadas e caídas, e seus olhos são amendoados, assumindo uma tonalidade que vai desde o castanho-escuro até o amarelo.
Personalidade do fila brasileiro
Como dissemos no começo, o fila brasileiro é um cão leal aos seus, embora com essa mesma intensidade demonstre desagrado perante os estranhos. Por isso, dizem que essa raça tem dupla personalidade. Na verdade, os criadores levam muito mais em consideração o temperamento do fila do que sua aparência física na hora de escolhê-los para ter como crias.
Ele é considerado valente, dócil, obediente e muito tolerante com crianças. Sua personalidade é tranquila, embora passe muita confiança em si mesmo, e se adapte fácil a novos ambientes.
Saúde e cuidados
Cabe ressaltar que não há problemas de saúde comuns nessa raça, com exceção da displasia de quadril. Mesmo assim, essa doença não acomete todos os casos.
Fonte: alejandro weber ponce de león
Como cuidados específicos, destacamos suas orelhas e dobras, lugares favoritos para parasitas e bactérias se hospedarem, dar uma olhada sempre nessas partes, pelo menos, várias vezes por semana. Além disso, deve-se limpá-las com um algodão úmido, pois isso vai ajudar o seu bicho de estimação a se manter saudável. Também é necessário escovar o seu pelo uma vez por semana, para ajudar a eliminar também os resíduos nessas zonas escondidas.
O fila brasileiro é um cão especial e sua personalidade pode às vezes ser um pouco complicada. Levando-se isso em consideração, além do seu grande porte, reflita bem se esse seria o cão que você precisa. Lembre-se que a adoção é uma grande responsabilidade.
Fonte das imagens: FBC e alejandro weber ponce de león
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