boto-cinza
Sotalia spp. | |||||||||||||
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Comparação entre o tamanho de um tucuxi e o tamanho de um ser humano
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Estado de conservação | |||||||||||||
Dados deficientes (IUCN 3.1) | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||
Mapa de distribuição do género Sotalia |
O género Sotalia (Sotalia spp.) é composto por duas espéciesː o boto-cinza, boto ou boto-preto (Sotalia guianensis), e o tucuxi, pirajaguara ou boto-preto (Sotalia fluviatilis).[1][2] O género pertence à família dos delfinídeos. Tem o hábito de viver em grupo. É muito sociável. Como todos os cetáceos, tem de respirar ar periodicamente, podendo, porém, permanecer submerso por longos períodos. Possui um biossonar que lhe permite localizar objetos e se orientar, utilizando o som e o eco. Geralmente, seus dentes são todos iguais, existindo apenas uma dentição. A maioria dos botos-cinzas se alimenta de peixes e lulas e, ocasionalmente, de crustáceos.
A fêmea dá, à luz, apenas um filhote, após um ano de gestação. Durante o trabalho de parto, é comum a mãe ser ajudada por outros membros do grupo. O período de amamentação dura sete meses em média. Os botos-cinzas são ótimos nadadores, atingindo velocidades de até sessenta quilômetros por hora e saltando até cinco metros acima da água. Podem viver até oitenta anos. Utilizam a técnica de pesca em grupo, que facilita o cerco dos peixes. Seu tato é bastante desenvolvido. Ocorrem muitos toques entre os botos, o que, segundo pesquisas, pode ser um tipo de comunicação. Sua principal ameaça são as redes de pesca, onde, por acidente, acabam ficando presos e morrendo afogados. Desde 1986, são proibidas a pesca, caça, perseguição ou captura de cetáceos nas águas brasileiras.
Apesar de serem encontrado em regiões habitadas pelos "verdadeiros" golfinhos de rio, como os botos-cor-de-rosa, é geneticamente mais próximo dos golfinhos marinhos (Delphinidae).
Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Boto-cinza" e "boto-preto" são referências ao seu dorso escuro e ao seu ventre pardo-violáceo.[3] "Tucuxi" é uma palavra com origem nas línguas caribes.[4] "Pirajaguara" é oriundo da junção das palavras tupis pirá ("peixe")[5] e yawara ("cão").[6]
Biologia[editar | editar código-fonte]
Estudo publicado no ano 2011 na revista Proceedings of the Royal Society apontou que esta espécie tem a capacidade de detectar campos elétricos (eletrorreceptividade) por meio de receptores localizados no focinho. Com isso, a espécie consegue detectar presas em potencial com base nos campos elétricos que esses emitem, a exemplo do que tubarões e arraias fazem. Este sentido existe também em algumas espécies de peixes e anfíbios. Entre os mamíferos, este sentido é conhecido adicionalmente apenas no ornitorrinco.[7]
Espécies[editar | editar código-fonte]
Estudos mostram claramente que as populações marinha e amazônica são resultado de diferentes processos evolutivos, representando duas distintas espécies.[8] O género Sotalia é, portanto, composto por duas espécies:[1]
- Boto-Cinza (Sotalia guianensis)
Costuma viver entre a região costeira do Panamá e a Baía Norte de Florianópolis (Santa Catarina), passando pela região de Guaraqueçaba, que é Área de Proteção Ambiental.[9]
- Tucuxi (Sotalia fluviatilis)
Costuma viver nos rios da região amazônica.
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