quinta-feira, 8 de junho de 2017

iguana

A iguana, também chamada de iguana verde, é um dos répteis mais populares criados em cativeiro como animal de estimação exótico, devido ao seu temperamento dócil e fácil adaptação ao ambiente doméstico.
A iguana, é uma das mais belas representantes da família Iguanídae, originária da América Central e norte do Brasil. Podem ser encontradas também, na região central do México.
Estes répteis têm hábitos arborícolas, isto é, vivem em árvores. Apesar de serem relativamente pequenas em jovens, podem atingir quase dois metros de comprimento e 10 quilos de peso. A cauda de uma iguana possui cerca de dois terços do comprimento total do corpo.
Quando novas, as iguanas possuem uma coloração verde intensa, já quando maiores apresentam, ao longo do corpo, listras escuras.
A esperança média de vida de uma iguana é de 15 anos.

Alojamento

Iguana verde (Iguana iguana)
FOTOGRAFIA: JOACHIM S. MÜLLER
Alojar uma iguana em casa requer um certo esforço e gasto inicial para conseguir proporcionar-lhe as condições que necessita.
A iguana é arborícola e precisa de um terrário que seja o mais alto possível, com ramos para que possa escalar. Evite os terrários baixos e largos. No mínimo, o terrário deveria ter o dobro do comprimento total da iguana, cauda incluída.
O terrário deve ter grades que permitam uma ventilação adequada.
As iguanas são muito territoriais, alguns adultos, especialmente os machos, podem ser muito agressivos com outros indivíduos. Em geral, não convém manter varias iguanas no mesmo terrário, e ainda menos junta-las com outras espécies de répteis.

Temperatura


É essencial que ao longo do terrário exista um gradiente de temperatura, ou seja, uma zona mais aquecida do que a outra, para que a iguana possa regular a sua temperatura corporal, situando-se no local mais adequado ao momento (o que está mais aquecido ou o que está mais frio).A temperatura deve ser mantida entre os 25 e 30º C, valores que podem ser controlados com um termómetro.
Existem vários métodos para proporcionar calor a este tipo de animais, tal como cabos de aquecimento ou lâmpadas de cerâmica.
As iguanas são muito vulneráveis as queimaduras, por isso tem que se ter muito cuidado com o aquecimento de forma a evitar que a iguana se queime. As pedras aquecedoras, por exemplo, não são muito aconselháveis para as iguanas, pois os animais estão em contacto directo com a pedra e o risco de se queimarem aumenta consideravelmente.

Iluminação

Os raios ultravioletas são imprescindíveis para as iguanas, pois necessitam deles para sintetizar o cálcio e a vitamina D3. Estes raios só se encontram na luz solar (na natureza), ou em lâmpadas fluorescentes para repteis (em casa).
Não se podem utilizar lâmpadas fluorescentes domésticas ou para aquários. A luz emitida por estas lâmpadas deve ser projectada directamente para a iguana, já que a maioria dos vidros e plásticos transparentes retém a luz UV.
Existem vários modelos e marcas disponíveis no mercado deste tipo de luz. Estas luzes fluorescentes devem estar a uma distancia máxima de 30 centímetros do animal. A luz deve apagar-se durante a noite parta que possa proporcionar cerca de 12 horas de luz e outras 12 de escuridão.

Humidade

Como habitam florestas tropicais, as iguanas precisam de ser criadas em terrário tropical húmido.
Necessitam de uma elevada humidade ambiental, entre 70 a 80%, valores que podem ser controlados com um hidrómetro (por exemplo acoplado ao termómetro com que controla a temperatura).
No terrário deve haver um recipiente pouco profundo com água limpa, grande o suficiente para que a iguana possa tomar banho. Colocar este recipiente junto da fonte de calor promove a evaporação da água e, assim, aumenta a humidade ambiental no terrário.
Também se pode pulverizar com água, tanto o terrário como a iguana, varias vezes ao dia.

Alimentação

Iguana verde (Iguana iguana)
FOTOGRAFIA: SERGIO QUESADA
As iguanas são vegetarianas e a sua dieta deve incluir uma boa variedade de vegetais. É necessário respeitar a proporção adequada entre os diversos tipos de vegetais e oferecer sobretudo aqueles mais ricos em cálcio. Não dê nenhum alimento de origem animal.
Existem rações apropriadas para iguanas à venda, com o equilíbrio correto de nutrientes que elas precisam.
A água deve estar sempre disponível num recipiente, para poder beber e tomar banho, tal como referido em cima na parte da “Humidade”.
Ofereça o alimento partido, dependendo do tamanho da iguana, e também bem misturado, para que ela coma de tudo um pouco.

Manuseamento da iguana

Para um manuseamento adequado de uma iguana, deve mostrar que é completamente inofensivo e que ela estará protegida nas suas mãos.
Não faça movimentos bruscos, para não assustar a iguana. Fique perto dela, para que ela se acostume e passe-lhe a mão no corpo lentamente.
As iguanas bebes são mais fáceis de acostumar com os humanos.

Diferenças entre sexos

As iguanas machos possuem crista e papo bastante desenvolvido. A cauda é mais gorda do que a da fêmea, a cabeça é maior, as tiras escuras que aparecem em adultos são mais intensas.
As iguanas fêmeas possuem crista e papo menores. A cauda é menos gorda do que a do macho, a cabeça é menor, as tiras escuras que aparecem em adultos são menos intensas.

Ouriço Pigmeu Africano

Desde há aproximadamente 30 anos que se têm criado ouriços com o propósito de os manter como animais de estimação exóticos.
Todos os que têm estes simpáticos animais na sua companhia afirmam que são uns animais de estimação excepcionais, inteligentes e carinhosos com os seus donos. Os Estados Unidos da América são sem dúvida o país onde se encontram os maiores aficionados destes pequenos animais.
Os ouriços são mamíferos pertencentes à ordem dos insectívoros. Os insectívoros são dos mamíferos dotados de placenta mais antigos no planeta e estão distribuídos por todo o globo (excepto na Austrália e Nova Zelândia onde não existiam em liberdade). O seu maior representante é o ouriço-terrestre (Erinaceus europaeus), também chamado simplesmente de ouriço-cacheiro ou porco-espinho.
Os ouriços pigmeus que se comercializam como animais de estimação, podem considerar-se como animais híbridos cruzados de duas espécies: o Atelerix algirus que se encontra no Norte e Centro de África e também numa estreita franja entre o Sul da Península Ibérica e as Ilhas Baleares; e o Atelerix albiventris, também de origem africana.
Ouriço pigmeu africano
FOTOGRAFIA: DENIS-CARL ROBIDOUX
Um ouriço anão adulto mede entre 10 a 20 centímetros e na natureza não ultrapassam as 200 gramas de peso. Como animais de estimação, o seu peso pode situar-se entre as 250 e as 400 gramas. A sua esperança média de vida é de 6 anos, embora alguns exemplares tenham atingido os 8 anos.
O ouriço pigmeu africano é muito parecido com o ouriço-terrestre, porém mais redondo. É um animal com a parte superior do corpo de forma semiesférica, coberta de abundantes espinhos, curtos, com a ponta arredondada e sem serrilha. Os espinhos formam um escudo que cobre as extremidades posteriores e a cauda.
O focinho e a parte inferior do corpo estão cobertos de um pelo relativamente macio. Têm o crânio largo e pontiagudo. A cor varia entre várias to tonalidades de castanho e cinzento, branco e albino.
Se se sentir ameaçado o ouriço pode enrolar-se, arqueando o lombo e resguardando a cabeça no ventre, transformando-se numa autêntica bola de espinhos. É, de resto, o seu único mecanismo de defesa contra predadores.

Cuidados e manutenção em casa

Ouriço pigmeu africano
FOTOGRAFIA: KERRY FOSTER

São animais nocturnos, que só costumam ficar activos depois das 10h da noite. Deve-se por isso proporcionar-lhes um local calmo e sossegado em casa.Na natureza, os ouriços costumam comportar-se como animais solitários e territoriais, que só se juntam em pares na época de reprodução.

Gaiola

Os ouriços devem ter gaiolas grandes onde possam exercitar-se e não nos podemos esquecer que são trepadores, sendo por isso importante que o alojamento tenha uma tampa. É também importante fornecer-lhes uma caixa onde possam esconder-se durante o dia.
Como substrato pode-se utilizar as aparas de madeira. Para os ninhos poderá usar-se feno.
Ouriço pigmeu africano
FOTOGRAFIA: TIM ELLIS
Quando a temperatura desce abaixo dos 15º C, os ouriços tendem a diminuir a sua actividade e podem até entrar em semi-hibernação. Deve-se por isso utilizar uma gaiola bem calafetada, usando se necessário um cabo ou um tapete de aquecimento para répteis, com o cuidado de protege-los das humidades e não esquecer que no caso do cabo de aquecimento, os ouriços poderão tentar roê-los.
Deve também colocar-se na gaiola uma roda de exercício.
O ouriço deve ter acesso a uma casa de banho. Existem no mercado algumas à venda, que poderão ir do simples caixote pequeno aos cantos. Pode usar-se areia sem pó, por exemplo areia de chinchila. A casa de banho deverá ser colocada num local afastado do comedouro e do ninho.

Alimentação

Uma das principais dificuldades que poderá encontrar ao manter um ouriço é a alimentação. No entanto, existem já no mercado rações próprias para ouriços.
No caso de não se conseguir encontrar ração própria, deve dar-lhes uma ração premium de gato, suplementada com algumas frutas. A fruta doce e muito madura é a preferida.
Como suplemento adicional pode dar-lhe insectos, tais como grilos, zophobas ou tenébrio, assim como minhocas da terra, preferencialmente mortos. Também pode dar-lhes de vez em quando um pinkie (ratinho recém-nascido, sem pelo, utilizado frequentemente na alimentação das cobras).

Criação

Ouriço pigmeu africano
FOTOGRAFIA: RACHAEL MOORE
As fêmeas de ouriço, apesar de férteis muito cedo, não devem ser cruzadas antes dos 4 a 5 meses de idade, sob pena de lhes poder trazer problemas de desenvolvimento. Também os machos, apesar de não terem esse tipo de problemas, poderão trazer sérios problemas à ninhada.
Os cios duram em média 9 dias, com 7 dias de intervalo, e a gestação de 34 a 37 dias.
As crias nascem de olhos fechados, sem pelo e de orelhas fechadas. Não deve tocar nas crias desde o nascimento até pelo menos os 10 dias de idade, sob pena da mãe as rejeitar ou até as matar: se as mães ouriço acharem que a ninhada está ameaçada, poderão comer as crias.
As crias abrem os olhos por volta das 3 semanas e começam a comer a partir das 4 semanas, devendo ser separados das mães a partir das 8 semanas.
Como já referimos atrás, os ouriços são animais solitários que só se juntam para cruzar. Deve ter-se o cuidado, antes da data prevista para o parto, de retirar o macho para outro local, pois além de não ajudar a criar os filhos, poderá ser mais um motivo para o canibalismo.

Tartaruga Russa

A tartaruga russa é uma tartaruga terrestre de pequenas dimensões.
As fêmeas atingem entre os 20 e os 25 centímetros e os machos, que são mais pequenos, ficam entre os 15 e os 20 centímetros.

Primeiros passos

Quando levar a sua tartaruga russa para casa, o ideal será antes demais levá-la ao veterinário para fazer um check up.
O stress causado pela viagem e pela habituação a um novo lar, pode despertar doenças que estavam dormentes, principalmente porque a maioria das tartarugas que existem à venda foram recolhidas na Natureza.

Alimentação

Cuidados básicos com tartarugas russas
FOTOGRAFIA: CARNIFEX82
As tartarugas russas são grazers, ou seja, adoram pastar. Adoram dente-de-leão, mas o segredo da sua boa alimentação está na variedade que se lhes deve dar. Outras plantas que se lhes pode dar como alimento são:
  • Alface romena;
  • Misturas de salada e sopas (à venda nos hipermercados);
  • Endívias;
  • Rabanetes;
  • Couve lombarda;
  • Hibiscus (flor e folhas);
  • Opuntia (flores, frutos e caules, esfregar antes no chão para retirar os espinhos);
  • Agave;
  • Aloe vera;
  • Rosas (flores e folhas);
  • Crisântemos.

Água

Apesar de as tartarugas russas serem provenientes de um clima semiárido, precisam de um sítio onde possam beber água e tomar banho, para se termoregularem.
As fezes são compostas à base de nitrogénio, havendo por isso uma maior poupança de água. Assim sendo as suas tartarugas deverão ter um lago suficientemente grande de onde possam beber, entrar, tomar banho e defecar.
Na natureza, as tartarugas russas só urinam quando chove, ou seja, no momento em que passam a ter água disponível para beber e tomar o seu banho. Se não chover durante bastante tempo, ou seja sem acesso a água, as tartarugas russas entram em estivação (o oposto de hibernação).

Alojamento


Deve ter uma zona quente e uma zona fria. Isto obtém-se colocando um hot-spot numa das extremidades do terrário, criando um gradiente de temperatura, com um lado mais aquecido (onde está o hot-spot) e outro lado mais frio (o lado oposto).O terrário das tartarugas russas deve ser amplo, mais comprido do que alto e com boa circulação de ar.
Deve ter um esconderijo forrado a feno e o substrato deve absorver imediatamente as fezes e urinas. Deverá ser limpo diariamente para não deixar criar bactérias nocivas.
Deve ter pedras e troncos para que as tartarugas se possam esfregar e exercitar. Como são escavadoras, um local onde possam escavar, como por exemplo uma caixa de areia, é recomendado.

Substratos

Mais uma vez as escolhas são variadas, desde uma mistura de húmus de coco e areia até às corncobs, tudo pode ser usado. Uns mais que outros.

Temperatura

A temperatura é um factor critico para as tartarugas russas. A zona fria deve rondar os 22 a 25º C e a zona quente os 28 a 30º C.
A baixa de temperatura nocturna é necessária, podendo descer até aos 15º C. Se as tartarugas forem mantidas a temperaturas mais baixas do que o recomendado, não conseguem digerir os alimentos.

Humidade

Cuidados básicos com tartarugas russas
FOTOGRAFIA: JAKE
É necessário ter muita atenção à humidade quando se tratam de tartarugas russas.
Há quem diga que a humidade alta faz inclusive com que a carapaça apodreça e cause problemas respiratórios. Isto acontece se for aliada a uma temperatura baixa e a um substrato muito húmido.
Quando mantidas dentro de casa, deverão ser postas “de molho” semanalmente ou então proporcionar um local onde elas próprias tomem banho, quer para a termoregulação, quer para beberem, como já foi dito em cima.
Se forem mantidas no exterior, deverão ter sempre um lago à disposição.

Iluminação

Como acontece em qualquer réptil, é necessária uma lâmpada de UVB’s (Repitglo 10.0) e um basking spot.
Tenha atenção às lâmpadas. Têm de mencionar especificamente que emitem UVB. Se não o mencionarem, é porque não emitem. O UVB é indispensável para que o organismo das tartarugas consiga processar cálcio.
As tartarugas russas deverão ter iluminação durante cerca de 12 a 14 horas diárias.

Mil-Pés Gigante Africano

Mil-pés Gigante Africano (Archispirostreptus gigas)
MIL-PÉS GIGANTE AFRICANO (ARCHISPIROSTREPTUS GIGAS)
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
  • REINO: ANIMALIA
  • FILO: ARTHROPODA
  • SUBFILO: MYRIAPODA
  • CLASSE: DIPLOPODA
  • ORDEM: SPIROSTREPTIDA
  • FAMÍLIA: SPIROSTREPTIDAE
  • GÉNERO:ARCHISPIROSTREPTUS
  • ESPÉCIE:ARCHISPIROSTREPTUS GIGAS
Nome comum: Mil-pés gigante africano ou milípede gigante africano.
Comunidade: Sim.
Tipo: Terrestre.
Origem: África.
Habitat: Florestas tropicais e semi-tropicais.
Terrário: 50 x 25 x 30 cm.
Dieta: Banana, tomate, melão, maçã, salsa, agrião, entre outros (sempre com adição de cálcio).
Substrato: 40% vermiculite / 60% terra de fibra de coco ou humus.
Humidade: Entre 75 e 80%.
Temperatura: Entre 23 e 29ºC.
Existem duas formas de fazer o aquecimento: tapete ou lâmpada. Eu de preferência uso sempre tapete colado numa das paredes (ligado a um termostato), pois os Archispirostreptus, como são terrestres, cavam para procurar um sitio mais fresco.
Se estiver a aquecer por baixo, irá stressar o animal pois ele irá procurar o fresco e encontra o calor. Lateralmente, quando ele necessita de aquecer, simplesmente desloca-se para a parte mais quente do terrário.
A outra alternativa é a lâmpada, apesar de ser mais barato a compra de uma lâmpada, torna-se mais dispendioso a nível de electricidade, mas é igualmente uma solução prática e eficaz.
Observações: O mil-pés gigante africano é recomendado para principiantes. Pode ser manuseado sem qualquer problema, embora não gostem de o ser… Podem chegar a medir 28 centímetros.
Temperamento: Dóceis e calmos.
Sexagem: O macho quando adulto tem duas patas modificadas em garras no sétimo segmento. Costumam estar escondidas, mas muitas vezes visíveis, a melhor forma é ver pela barriga. É o sétimo segmento a contar da cabeça.

Tritão Cauda de Leme

Nome comum: Tritão cauda de leme, tritão ventre de fogo gigante ou paddletail
Tamanho: 10 – 15 centímetros
Ameaças: Poluição, pressão urbanística e práticas agrícolas
IUCN Lista Vermelha: Pouco preocupante

Aparência

Tritão cauda de leme (Pachytriton labiatus)
TRITÃO CAUDA DE LEME (PACHYTRITON LABIATUS)
FOTOGRAFIA: SAMUEL DA COSTA
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O tritão cauda de leme é um anfíbio caudado de cor castanha chocolate, podendo possuir uma estria de manchas de cada lado do dorso. A cauda é quase do mesmo tamanho do corpo sendo robusta e terminando em forma de remo (origem do nome) especialmente adaptada ao seu habitat que consiste em pequenos regatos de montanha.
A barriga possui inúmeras manchas laranja-avermelhadas com margens bem definidas e angulares. São também conhecidos no mercado por tritões ventre de fogo gigantes, mas deve haver algum cuidado uma vez que esta designação também caracteriza o género Paramesotriton. A boca é caracterizada por lábios bem definidos, o que origina o seu nome em latim.

Dimorfismo Sexual

Na época de procriação os machos ficam com a cloaca mais inchada e desenvolvem manchas esbranquiçadas na cauda.

Comportamento

Tritão cauda de leme (Pachytriton labiatus)
TRITÃO CAUDA DE LEME (PACHYTRITON LABIATUS)
FOTOGRAFIA: SAMUEL DA COSTA
Conhecidos por serem animais bem beligerantes, deve se ter especial cuidado ao possuir um grupo de indivíduos no mesmo aquático. São animais que gostam de alguma corrente bem como cavernas onde se possam esconder e procriar. As fêmeas tornam-se especialmente agressivas e territoriais aquando da fertilização, defendendo a gruta onde se encontram e onde irão fazer a postura.
As fêmeas desta espécie guardam os ovos até à eclosão, ironicamente são também conhecidos por comerem os próprios ovos.

Aquário

Tritão cauda de leme (Pachytriton labiatus)
TRITÃO CAUDA DE LEME (PACHYTRITON LABIATUS)
FOTOGRAFIA: SAMUEL DA COSTA

Quando adultos são completamente aquáticos, só saindo da água por motivos muito especiais como a molestação por outros animais da mesma espécie, a deterioração dos parâmetros da água e o aumento ou diminuição drástico da temperatura. Assim sendo deve-se fornecer uma escapatória consistindo num placa flutuante de cortiça ou outro refúgio emerso.Sendo animais beligerantes e de riachos, alguns cuidados devem ser tidos com o aquário destes tritões.
Sendo animais de riachos a água deve ser bem oxigenada com alguma corrente. Pode-se também meter plantas flutuantes que para alem de ajudarem na manutenção dos parâmetros da água fornecem abrigos para estes animais.
Devem também ser criadas cavernas para se poderem esconder e procriar. Estas cavernas são especialmente apreciadas por estes animais. Podem ser conseguidas empilhando algumas pedras tendo o cuidado de garantir que estão bem fixas ou então o meu método favorito, usando pequenos vasos de terracota invertidos aos quais de criou um buraco por onde os animais podem facilmente entrar e sair.
Estes vasos serviram também de local de postura e onde a fêmea guarda os ovos. Deve-se também ter o cuidado de fechar bem o aquário!

Alimentação

Larvas de mosquito vermelhas, misis, microvermes, minhoca da terra cortada aos pedaços, dáfnias, larvas de mosquito pretas. Há que ter cuidado com pedaços mais granditos uma vez que têm tendência para recusar.
Deverá ter-se o cuidado de fornecer uma alimentação de elevado teor proteico! Leia mais sobre criação de alimento vivo para anfíbios.

Distribuição

Habitat / distribuição do Pachytriton labiatus
HABITAT / DISTRIBUIÇÃO DO PACHYTRITON LABIATUS
Notas:
  • Também conhecidos por tritões cauda de leme e tritões de ventre de fogo gigantes;
  • Com uma coloração bastante atraente, são animais com excelente personalidade

Esquilo da Mongólia

Nomes comuns: Gerbo da Mongólia, esquilo da Mongólia, gerbil e gerbilo
Os gerbos da Mongólia são também conhecidos como ratos do deserto, no entanto esta denominação não é correcta.
Os gerbos da Mongólia podem encontrar-se na natureza, nos grandes desertos da Mongólia e Nordeste da China. São áreas áridas onde a chuva é escassa e igualmente escassa a vegetação. Como resultado disso, o gerbo da Mongólia está habituado a uma alimentação pouco hidratada e com cerca de 16% de proteína, estando o seu sistema digestivo adaptado a ela.
Para se protegerem tanto de predadores como das grandes diferenças térmicas que ocorrem nas zonas desérticas, os gerbos cavam longas galerias onde passam a maior parte da sua vida. São considerados como pragas no seu habitat natural, onde são exterminados aos milhares, seja com veneno seja pela utilização da falcoaria.
Os primeiros gerbos da Mongólia a chegarem à Europa entraram pela mão do Padre Armand David a meio do século XIX. Estes animais foram mantidos em zoos e laboratórios, mas alguns terão ido parar à mão de entusiastas que a partir de selecção genética, foram conseguindo seleccionar outras cores, diferentes do agouti castanho (a cor dos gerbos selvagens).
Durante os últimos 30 anos, o gerbo da Mongólia tornou-se num dos animais de estimação mais populares na Europa. São muitas as cores actuais dos gerbos da Mongólia, que vão desde o agouti castanho ao branco, lilás, preto, siamês, burmês e até azul, a mutação mais rara.

Comportamento

O gerbo pode ser um excelente animal de estimação
O GERBO É UM EXCELENTE ANIMAL DE ESTIMAÇÃO, DÓCIL E SOCIÁVEL
FOTOGRAFIA: CARLOS GANDRA
O gerbo é um excelente animal de estimação, que só morde em ultima instância. É um animal curioso, que toma atenção a tudo o que se passa à sua volta, pouco escapa à sua curiosidade pelo que é frequente vê-los de pé, só apoiados nas patas traseiras, tomando atenção a tudo o que se passa à sua volta.

Os gerbos são animais sociais
, pelo que não se deve manter um individuo sozinho. São animais que vivem em grandes grupos familiares quando em liberdade e que quando são mantidos isolados, tendem a desenvolver problemas comportamentais. Isto significa que devem manter-se aos casais ou aos pares, no mínimo, mas é de longe mais aconselhável manter um número maior de gerbos em comunidade, tendo a noção que o espaço disponível na gaiola deve ser proporcional ao tamanho dessa comunidade.Ao contrário de outros roedores, os gerbos não são noctívagos e são geralmente bastante activos durante o dia.
Os gerbos adultos, em especial as fêmeas, tendem a ser agressivos para com outros adultos que não façam parte do seu grupo familiar. Isto pode dar origem a brigas de tal modo graves que podem levar à morte de pelo menos um deles. Por isso só é aconselhável juntar animais muito jovens na mesma gaiola.
Animais nascidos no seio da família são normalmente bem aceites pelos restantes, que os reconhecem pelo cheiro e ajudam a criar. No entanto, se forem separados por períodos superiores a 24 horas, há sempre a probabilidade de não serem reconhecidos pelos restantes se voltarem a ser juntos. Por essa razão nunca separe grupos familiares a não ser que seja absolutamente necessário, pois se pretender voltar a juntá-los pode ser uma tarefa complicada.
No que concerne à manutenção de casais, é preferível dividir a gaiola utilizando rede, pois evita a cópula, mas não evita o contacto entre os pares. A solução para o controle de população é construir comunidades unisexuais, juntando apenas os casais que pretender reproduzir.

Alojamento

Tanques grandes ou gaiolas fundas de grades estreitas são as mais recomendáveis para o alojamento de gerbos da Mongólia, de modo a que eles possam efectuar o seu desporto favorito: escavar. Não se esqueça que os gerbos são excepcionais saltadores, logo, no caso de se utilizar um tanque deverá ter o topo tapado de modo a evitar fugas.
Os gerbos têm uma capacidade de destruição muito grande, logo todos os tanques, caixas ou gaiolas deve ser lisas por dentro de modo a que eles não consigam encontrar depressões que consigam roer e consequentemente escapar ao cativeiro.
Como substracto / litter poderão usar-se aparas de madeira, corn cobs ou cats best, além de outros materiais próprios para roedores.
Para o ninho, feno ou palha é o isolamento ideal, pois além de servir de isolador térmico, não é em nada prejudicial à saúde dos animais.
Como os gerbos gostam (e necessitam) de tomar o seu banho, deverá ser fornecido um recipiente com areia de chinchila, que deve ser retirado após o banho.

Manuseamento

Gerbo da Mongólia na mão
GERBO DA MONGÓLIA NA MÃO
FOTOGRAFIA: PETINFOCLUB.COM
Os gerbos da Mongólia rapidamente se habituam a ser manuseados.
Para segurar um gerbo, não deve nunca segurá-lo pela ponta da cauda. Será possível segurar pela cauda, desde que se tenha o cuidado de agarrar a base da mesma, sem puxões ou movimentos bruscos. A explicação é simples: a cauda é frágil e parte-se com muita facilidade e contrariamente ao que dizem, não volta a crescer. Pode inclusive, em caso de quebra, necrosar e causar problemas graves ao animal.

Reprodução

Gerbos bebés
GERBOS BEBÉS
FOTOGRAFIA: CARLOS GANDRA
Os gerbos da Mongólia ficam sexualmente maduros por volta dos quatro meses de idade. As fêmeas estão receptivas de seis em seis dias e a gestação é de cerca de 24 dias, após os quais as crias nascem cegas e sem pêlo, medindo cerca de 20 milímetros e pesando entre duas a três gramas.
As fêmeas constroem o ninho onde têm os filhotes. Deve fornecer-lhes feno e tiras de papel de cozinha de modo a que elas tenham material para o construir. Deve evitar materiais fibrosos, devido ao perigo de enrolar e estrangular as patas dos animais.
A média das ninhadas é de quatro a seis gerbos. Os recém nascidos crescem rapidamente, nascendo o pêlo por volta de uma semana de idade e abrem os olhos antes das duas semanas. Começam também a experimentar alimentos secos, embora a sua manutenção se baseie no consumo de leite materno. Assim que abrem os olhos, os pequenos gerbos começam a sair do ninho e a explorar o que se passa à sua volta.
Por volta das três semanas já estão desmamados.
O macho tem um papel muito importante pois ajuda a criar a ninhada. Convém no entanto lembrar que as fêmeas voltam a entrar muito rapidamente no cio e, se quiser evitar ninhadas consecutivas, deverá separar o macho.